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Obama adverte Putin por desestabilização na Ucrânia

O presidente dos EUA, Barack Obama, advertiu o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a chance de adotar novas sanções por conta da desestabilização ucraniana

Barack Obama, presidente dos EUA: "a soberania da Ucrânia não deve ser sacrificada" (Getty Images)

Barack Obama, presidente dos EUA: "a soberania da Ucrânia não deve ser sacrificada" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 09h37.

Varsóvia - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu nesta terça-feira o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre a possibilidade de adotar novas sanções contra Moscou por conta da "desestabilização" de Kiev, as quais, segundo o governo americano, teriam um notável "custo econômico".

Em entrevista coletiva, realizada após o encontro em Varsóvia com o presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, Obama indicou que a Rússia deve contribuir para "acalmar a situação" nas regiões onde operam os insurgentes, no leste da Ucrânia.

Entre as questões a serem realizadas, Obama apontou que a Rússia deve vigiar sua fronteira com a Ucrânia para evitar a passagem de mercenários e armas para os "separatistas", reconhecer as recentes eleições ucranianas e se reunir com o novo presidente eleito, Petro Poroshenko.

O presidente dos EUA reconheceu "a importância de manter boas relações com a Rússia", mas destacou que isso não significa que seu país tenha que "sacrificar os princípios" que defende.

"A soberania da Ucrânia não deve ser sacrificada para manter relações bilaterais com Moscou", afirmou Obama, que qualificou a Rússia como um importante ator em nível global e regional.

Em sua opinião, a integridade territorial, a soberania e a liberdade são pilares básicos, e estas categorias foram "ameaçadas pelas ações da Rússia na Crimeia e, agora, no leste da Ucrânia".

Obama, que disse entender as "razões históricas" de Moscou para com a Ucrânia, assegurou que a Rússia "violou" as leis internacionais ao anexar a península da Crimeia e sustentou que os EUA manterão as sanções impostas por conta deste motivo.

De acordo com Obama, se Moscou começar a cooperar, o Ocidente tende a "tentar reconstruir a confiança" bilateral, embora tenha reconhecido que tal postura necessitaria de "um bom tempo".

"Se a Rússia respeitar as leis internacionais, haverá cooperação. Se a Rússia não se adequar às leis internacionais, a Otan terá que ser firme ao reafirmar seus princípios", indicou.

Obama e Putin devem participar dos atos organizados para celebrar o aniversário do desembarque aliado em Normandia, embora não tenha nenhum encontro previsto entre eles.

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