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O que se sabe sobre a onda de ataques terroristas na Espanha

Autoridades seguem tentando montar o complexo quebra-cabeça que explica a onda de ataques que a região de Barcelona, na Catalunha, sofreu nas últimas horas

La Rambla, em Barcelona  (Concedido por Vinicius Scheidegger/Site Exame)

La Rambla, em Barcelona (Concedido por Vinicius Scheidegger/Site Exame)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 18 de agosto de 2017 às 11h42.

Última atualização em 18 de agosto de 2017 às 11h46.

São Paulo – As últimas horas foram de pânico na Espanha. Na quinta-feira, um homem dirigindo uma van atropelou dezenas de pessoas em La Rambla, conhecido ponto turístico em Barcelona. Em seguida, a polícia conseguiu agir com velocidade para prevenir um novo ataque, esse em Cambrils, a cerca de 100 quilômetros da capital da Catalunha. Acreditam, no entanto, que os atos estão ligados.

Agora, investigações tentam montar o quebra-cabeça desses atentados terroristas, cujas ramificações chegaram, ainda, a outras duas cidades, Alcanar e Ripoll. O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, classificou os eventos como “ataques jihadistas”, assinalando que as motivações têm relação com o extremismo religioso.

Abaixo, EXAME.com reuniu as informações divulgadas, até o momento, sobre todos os episódios que aconteceram na região da Catalunha.

O que aconteceu?

Em Barcelona, às 17 horas (horário local), um homem dirigindo uma van atropelou pessoas em La Rambla, um calçadão turístico popular na cidade. Essa pessoa dirigiu por quase 500 metros e conseguiu escapar do local a pé.

Uma segunda van, que a polícia crê ter sido usada na fuga do motorista da primeira, foi encontrada cerca de uma hora depois na cidade de Vic, ao norte de Barcelona. Ambos veículos foram alugados no mesmo horário.

Enquanto isso, em Sant Jus Desvern, que fica nos arredores da capital catalã, um homem foi morto depois de atropelar dois policiais. Inicialmente, autoridades não ligaram essa pessoa aos ataques em La Rambla, mas investigam se ele fazia parte do grupo envolvido nos atos.

Já na madrugada de sexta-feira, em Cambrils, cinco homens realizaram um novo ataque, também com um carro. Quatro deles foram mortos depois de um confronto com a polícia e um ficou ferido, esse último faleceu horas depois.

Antes de tudo isso acontecer, na noite de quarta, uma explosão foi registrada em um imóvel residencial na cidade de Alcanar, cerca de 200 quilômetros de Barcelona, deixando uma pessoa morta e 16 feridas.

Num primeiro momento, autoridades viram o episódio como um acidente. Depois, contudo, encontraram evidências de que bombas eram produzidas no local e o incidente foi vinculado aos atos em Barcelona.

Quantas pessoas morreram e quantas ficaram feridas?

Até o momento, o número de fatalidades em todos os locais afetados pelos atentados é de 14 pessoas. Há ao menos 130 feridos, 30 delas em estado grave. Entre as vítimas, pessoas de 34 nacionalidades. A expectativa é que o número de mortos aumente nas próximas horas.

Quantas pessoas estavam envolvidas nos ataques?

De acordo com a polícia, a célula responsável pela onda de atentados era formada por 12 pessoas. Quatro pessoas estão presas, cinco morreram em Cambrils e três estão foragidas. O terrorista que dirigia a van que atingiu pedestres em Barcelona é uma das que ainda não foram encontradas.

Quem está por trás dos atentados?

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou os atentados ainda na última quinta-feira. A informação foi divulgada pela consultoria SITE Intelligence Group, especializada no monitoramento de atividades terroristas por todo o mundo.

Segundo sua diretora, Rita Katz, contas associadas aos extremistas mencionaram ataques à Espanha em mensagens divulgadas nas redes sociais nas últimas semanas. No entanto, lembrou ela, ainda não há evidências suficientes para cravar que essa movimentação tenha relação com os atos.

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