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O que se sabe do ataque em Bangladesh

Homens fortemente armados invadiram na sexta-feira à noite um restaurante, localizado em um bairro de luxo da capital Daca, pouco antes das 21h30 locais.


	Pessoas reagem ao ataque em Bangladesh: quatro horas depois do início da tomada de reféns, o grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque
 (Mahmud Hossain Opu/Handout via REUTERS)

Pessoas reagem ao ataque em Bangladesh: quatro horas depois do início da tomada de reféns, o grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque (Mahmud Hossain Opu/Handout via REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2016 às 11h06.

Vinte estrangeiros foram assassinados em um ataque contra um restaurante em Daca, a capital de Bangladesh, na pior tomada de reféns da história recente do país.

As forças de segurança lançaram neste sábado uma operação de resgate neste restaurante frequentado por estrangeiros e diplomatas, onde os criminosos, supostos militantes islamitas, tomaram como reféns dezenas de clientes.

Seis terroristas morreram na ação lançada pelas forças de segurança onze horas após o início do ataque.

O que se sabe até agora:

O que aconteceu?

Homens fortemente armados invadiram na sexta-feira à noite um restaurante, localizado em um bairro de luxo da capital, pouco antes das 21h30 locais, ao grito de "Allahu Akbar" (Alá é grande).

Foi registrado um forte tiroteio com a polícia, que deixou dois agentes mortos. Os criminosos tomaram 40 reféns, incluindo vários estrangeiros.

Os terroristas separaram os reféns bengaleses dos estrangeiros. Estes últimos foram levados ao andar superior do restaurante, segundo o pai de um dos reféns.

Vinte reféns foram assassinados, a maioria com armas afiadas.

Após onze horas de confrontos, agentes de segurança fortemente armados invadiram o restaurante na manhã deste sábado.

Seis criminosos morreram e um sétimo foi preso. Ao menos 13 reféns puderam ser libertados.

Onde ocorreu?

O Holey Artisan Bakery é um restaurante de estilo ocidental, localizado no opulento bairro de Gulshan.

Neste bairro vivem expatriados e membros de missões estrangeiras. Também há vários restaurantes, centros comerciais de luxo e clubes privados.

O ataque foi registrado perto da embaixada do Catar.

Quem está por trás do ataque?

Quatro horas depois do início da tomada de reféns, o grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque, através de uma agência afiliada ao grupo extremista, Amaq.

Pouco depois, esta agência divulgou fotografias, tiradas supostamente dentro do restaurante, nas quais era possível ver vários corpos jazendo em poças de sangue.

Um funcionário do exército disse que os criminosos eram jovens de entre 20 e 27 anos, "instruídos".

Quem eram os reféns?

O exército anunciou que a maioria dos reféns assassinados eram italianos e japoneses.

O embaixador da Itália em Bangladesh, Mario Palma, disse aos meios de comunicação italianos que sete nacionais figuravam entre os reféns.

Um funcionário japonês também confirmou que vários japoneses estavam no restaurante.

O Sri Lanka indicou que dois de seus cidadãos figuravam entre os reféns, mas que foram libertados.

Estes ataques são comuns?

Este ataque ocorre após uma série de assassinatos de estrangeiros, minorias religiosas e ativistas laicos em Bangladesh - um país de maioria muçulmana - atribuídos ou reivindicados por militantes islamitas.

Cesare Tavella, um italiano, foi assassinado em Gulshan em setembro, em um ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.

Em 2012, um diplomata saudita foi assassinado a tiros no bairro das embaixadas.

No entanto, o ataque de sexta-feira alcançou um nível superior.

O governo e a polícia negam a presença do grupo Estado Islâmico em Bangladesh e culpam grupos locais por estes ataques.

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