TRUMP E MOON: o presidente americano e o presidente sul-coreano se reuniram na Casa Branca em junho do ano passado (Jonathan Ernst/Reuters)
EXAME Hoje
Publicado em 22 de maio de 2018 às 06h11.
Última atualização em 22 de maio de 2018 às 08h41.
O presidente sul-coreano Moon Jae-in se reúne nesta terça-feira, em Washington, com o presidente americano Donald Trump com o desafio de mostrar que continua relevante na resolução dos conflitos com a Coreia do Norte. Moon Jae-in vai fazer o possível para viabilizar o encontro entre o ditador norte-coreano Kim Jong-Un e Trump, marcado para o dia 12 de junho, em Singapura.
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A realização da cúpula do próximo mês foi colocada em dúvida depois que a Coreia do Norte suspendeu uma reunião com a vizinha do sul, marcada para ocorrer na semana passada, devido a exercícios militares conjuntos de sul-coreanos e norte-americanos e afirmou que Pyongyang não está interessada em um encontro com os EUA focado somente na desnuclearização de seu país, ameaçando desistir da cúpula.
Segundo o jornal New York Times, depois das declarações da Coreia do Norte, Trump começou a questionar seus aliados e conselheiros se ele deve ou não assumir o risco de manter o encontro com Kim.
Neste contexto, o encontro desta terça é essencial para Moon Jae-in provar seu status de pacificador. Ao longo dos últimos meses, a Coreia do Norte mediou as negociações para a reunião entre Trump e Kim, defendendo sempre o caminho do diálogo. No final de abril, Moon realizou, com sucesso, um encontro com Kim na fronteira entre as Coreias. Foi a primeira vez em 65 anos que um líder norte-coreano pisou no país vizinho e apenas a terceira vez na história que os mandatários das Coreias se encontraram. Na ocasião, os líderes coreanos discutiram um tratado de paz entre os países para encerrar definitivamente a Guerra das Coreias.
A destruição dos armamentos nucleares da Coreia do Norte é o ponto crucial da negociação com os Estados Unidos. Moon vem insistindo que Kim tem intenção verdadeira de promover uma desnuclearização. A primeira prova disso deve vir ainda nesta semana. No início deste mês, a Coreia do Norte havia marcado para esta quarta-feira a destruição de um de seus locais de testes nucleares diante de observadores internacionais e jornalistas, num movimento comemorado por Trump em seu Twitter.
Moon precisa manter os ânimos nos eixos e garantir, pelo menos do lado americano, a cúpula de junho.