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Comissão se reúne para negociar acordo nuclear com o Irã

O país se comprometeu a reduzir durante dez anos suas atividades nucleares em troca da suspensão das sanções internacionais que pressionam a economia

Hassan Rouhani: presidente do Irã afirma que vai responder às novas sanções aplicadas pelos EUA (Spencer Platt/Getty Images)

Hassan Rouhani: presidente do Irã afirma que vai responder às novas sanções aplicadas pelos EUA (Spencer Platt/Getty Images)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 21 de julho de 2017 às 06h34.

Última atualização em 21 de julho de 2017 às 08h21.

Nesta sexta-feira, a comissão conjunta que firmou o acordo nuclear com o Irã se reúne em Viena, na Áustria, para discutir os próximos passos das negociações. A reunião acontece na mesma semana em que os Estados Unidos decidiram permanecer no acordo, num passo do presidente Donald Trump contrário às suas promessas de campanha.

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O acordo foi firmado em julho 2015 por Irã, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, China, Rússia e Alemanha, com o objetivo de monitorar o programa nuclear do Irã, garantindo seus fins pacíficos. O país se comprometeu a reduzir durante dez anos suas atividades nucleares em troca da suspensão das sanções internacionais que pressionam a economia.

A ONU é a favor da manutenção do compromisso, e o secretário-geral Antonio Guterres afirmou, na última sexta-feira, disse que ele “dá toda esperança de que as questões mais complexas neste domínio possam ser abordadas através do diálogo, compreensão e cooperação”. Já a chefe de política externa da União Europeia, Federica Mogherini, classifica o acordo como uma “conquista histórica” para a segurança da região e do mundo.

O presidente Donald Trump, porém, vinha criticando a participação americana no acordo. Ele sempre disse se preocupar com a melhoria das capacidades iranianas de produzir mísseis, o apoio ao governo sírio, os abusos contra os direitos humanos e a detenção de americanos. Por isso, foram aprovadas que novas sanções econômicas fossem aplicadas ao país, como forma de reprimir a natureza antidemocrática e bélica que o Irã tem praticado em outras frentes não-nucleares.

Não é a primeira confusão que o governo Trump causa nas questões internacionais com o Oriente Médio, já que em abril o país bombardeou uma base aérea na Síria. O Irã não ficou nada feliz com a novidade de receber novas punições. O ministro de Relações Exteriores do país, Javad Zarif, afirma que os Estados Unidos estão emitindo sinais contraditórios, e o presidente do país, Hassan Rouhani, afirmou que vai responder à altura as ameaças. A ambiguidade de Trump tem custado caro à diplomacia americana e mundial.

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