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O final de Kadhafi está próximo, diz a rebelião líbia

Segundo presidente do Conselho Nacional de Transição, final do homem mais forte da Líbia deve ser catastrófico

Muammar Kadhafi, presidente da Líbia: seu final deve ser catastrófico (Mark Renders/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2011 às 14h31.

O final do homem forte da Líbia, Muamar Kadhafi, "está próximo", disse, neste sábado, o presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafá Abdelkhalil, da oposição, confirmando contatos com o grupo mais ligado ao coronel líbio.

"Mantivemos conversações com pessoas ligadas ao coronel Kadhafi (...) e tudo demonstra que o final está muito próximo, se Deus quiser", declarou Abdelkhalil, em entrevista à imprensa.

"Se Kadhafi quiser abandonar o poder, gostaríamos de que ele próprio fizesse o anúncio. Mas achamos que não o fará. Seu final deve ser catastrófico, pelo que também acho que vá deixar uma situação de caos em Trípoli", afirmou o presidente do CNT.

Os rebeldes líbios, no entanto, tiveram de se retirar neste sábado da zona industrial da cidade de Brega (leste) em meio a intensos bombardeios das forças do regime, confirmou o porta-voz da rebelião, o coronel Ahmed Omar Bani.

Mais cedo, os insurgentes garantiram que controlavam toda a cidade, cenário de violentos combates há semanas na frente leste do país, depois de terem tomado as instalações locais de petróleo.

Depois de meses de estancamento na frente leste, os insurgentes tinham lançado, no final de julho, uma ofensiva contra Brega, um posto avançado das forças leais a Muamar Kadhafi no leste do país.

Prevendo a aproximação ainda maior dos combates a Trípoli, o presidente do CNT conclamou os moradores a "proteger a vida e os bens da população", assim como "as instituições e os bens públicos".

"Estes bens são propriedade de todos, qualquer destruição custará muito caro para nós", avisou Abdelkhalil.

Também exortou os combatentes rebeldes a não saquear e "a proteger e a tratar com justiça" todos os soldados do regime que forem feitos prisioneiros ou se renderem. "Todos somos líbios", acrescentou.


Há uma semana os rebeldes apertaram consideravelmente o cerco em torno a Trípoli, com a tomada da cidade de Zawiyah, a 40 km a oeste da capital.

Rebeldes líbios afirmaram na sexta-feira ter assumido o controle das cidades de Zliten e Zawiyah, dois pontos de grande importância estratégica no avanço para Trípoli, a capital líbia.

A queda de Zawiyah tem relevância fundamental para o domínio rebelde no país, pois nesta cidade fica uma das mais importantes refinarias de petróleo da Líbia.

O ataque à Zliten contou com a participação de 1.300 combatentes rebeldes, segundo testemunhas.

"Zliten está agora sob controle dos rebeldes, mas a guerra ainda não terminou", disse o Centro de Informação do Conselho Militar de Misrata.

Em relação à situação em Brega, o porta-voz da rebelião, coronel Ahmed Omar Bani, explicou que "ontem, tínhamos a zona industrial sob controle. Mas a verdade é que a situação mudou, devido aos intensos disparos da artilharia inimiga".

"É uma retirada estratégica e tática, para salvar a vida de nossos combatentes e evitar mais destruição na infraestrutura de petróleo", precisou.

Brega se estende sobre dezenas de quilômetros, de leste a oeste ao longo da estrada que margeia o litoral ligando as cidades de Ajdabiya, em território rebelde, e Ras Lanuf, sob controle das tropas leais a Kadhafi.

A conquista pelos insurgentes da refinaria de Zawiyah, única fonte de fornecimento de combustível e gás à capital, "provocará uma grave crise" de abastecimento em Trípoli, declarou um dirigente local, Mohamed el Halukh, segundo um correspondente da AFP.

Milhares de tripolitanos, que já vêm suportando cortes no fornecimento de energia elétrica, tentam fugir da capital.

Paralelamente, a Otan deu prosseguimento aos bombardeios a Trípoli na sexta-feira, dia em que o ex-número dois do regime, Abdesalem Khalud fugiu para a Itália.

As autoridades líbias minimizaram sua fuga, dizendo que abandonou a política "por vontade própria".

Mais ao sul, houve confrontos entre forças de segurança tunisianas e um grupo de líbios armados perto da fronteira entre os dois países, anunciou à AFP um dirigente do ministério da Defesa da Tunísia.

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O final do homem forte da Líbia, Muamar Kadhafi, "está próximo", disse, neste sábado, o presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafá Abdelkhalil, da oposição, confirmando contatos com o grupo mais ligado ao coronel líbio.

"Mantivemos conversações com pessoas ligadas ao coronel Kadhafi (...) e tudo demonstra que o final está muito próximo, se Deus quiser", declarou Abdelkhalil, em entrevista à imprensa.

"Se Kadhafi quiser abandonar o poder, gostaríamos de que ele próprio fizesse o anúncio. Mas achamos que não o fará. Seu final deve ser catastrófico, pelo que também acho que vá deixar uma situação de caos em Trípoli", afirmou o presidente do CNT.

Os rebeldes líbios, no entanto, tiveram de se retirar neste sábado da zona industrial da cidade de Brega (leste) em meio a intensos bombardeios das forças do regime, confirmou o porta-voz da rebelião, o coronel Ahmed Omar Bani.

Mais cedo, os insurgentes garantiram que controlavam toda a cidade, cenário de violentos combates há semanas na frente leste do país, depois de terem tomado as instalações locais de petróleo.

Depois de meses de estancamento na frente leste, os insurgentes tinham lançado, no final de julho, uma ofensiva contra Brega, um posto avançado das forças leais a Muamar Kadhafi no leste do país.

Prevendo a aproximação ainda maior dos combates a Trípoli, o presidente do CNT conclamou os moradores a "proteger a vida e os bens da população", assim como "as instituições e os bens públicos".

"Estes bens são propriedade de todos, qualquer destruição custará muito caro para nós", avisou Abdelkhalil.

Também exortou os combatentes rebeldes a não saquear e "a proteger e a tratar com justiça" todos os soldados do regime que forem feitos prisioneiros ou se renderem. "Todos somos líbios", acrescentou.


Há uma semana os rebeldes apertaram consideravelmente o cerco em torno a Trípoli, com a tomada da cidade de Zawiyah, a 40 km a oeste da capital.

Rebeldes líbios afirmaram na sexta-feira ter assumido o controle das cidades de Zliten e Zawiyah, dois pontos de grande importância estratégica no avanço para Trípoli, a capital líbia.

A queda de Zawiyah tem relevância fundamental para o domínio rebelde no país, pois nesta cidade fica uma das mais importantes refinarias de petróleo da Líbia.

O ataque à Zliten contou com a participação de 1.300 combatentes rebeldes, segundo testemunhas.

"Zliten está agora sob controle dos rebeldes, mas a guerra ainda não terminou", disse o Centro de Informação do Conselho Militar de Misrata.

Em relação à situação em Brega, o porta-voz da rebelião, coronel Ahmed Omar Bani, explicou que "ontem, tínhamos a zona industrial sob controle. Mas a verdade é que a situação mudou, devido aos intensos disparos da artilharia inimiga".

"É uma retirada estratégica e tática, para salvar a vida de nossos combatentes e evitar mais destruição na infraestrutura de petróleo", precisou.

Brega se estende sobre dezenas de quilômetros, de leste a oeste ao longo da estrada que margeia o litoral ligando as cidades de Ajdabiya, em território rebelde, e Ras Lanuf, sob controle das tropas leais a Kadhafi.

A conquista pelos insurgentes da refinaria de Zawiyah, única fonte de fornecimento de combustível e gás à capital, "provocará uma grave crise" de abastecimento em Trípoli, declarou um dirigente local, Mohamed el Halukh, segundo um correspondente da AFP.

Milhares de tripolitanos, que já vêm suportando cortes no fornecimento de energia elétrica, tentam fugir da capital.

Paralelamente, a Otan deu prosseguimento aos bombardeios a Trípoli na sexta-feira, dia em que o ex-número dois do regime, Abdesalem Khalud fugiu para a Itália.

As autoridades líbias minimizaram sua fuga, dizendo que abandonou a política "por vontade própria".

Mais ao sul, houve confrontos entre forças de segurança tunisianas e um grupo de líbios armados perto da fronteira entre os dois países, anunciou à AFP um dirigente do ministério da Defesa da Tunísia.

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