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NY se une à reivindicação contra Trump por ordem migratória

A Procuradoria Geral do estado se somou nesta quinta-feira à reivindicação apresentada em um tribunal federal contra o decreto anti-imigração do presidente

Trump: "nossa demanda descreve como a ordem de Trump prejudica profundamente nossas famílias, economia e instituições educacionais e de saúde", disse o estado (Reuters)

Trump: "nossa demanda descreve como a ordem de Trump prejudica profundamente nossas famílias, economia e instituições educacionais e de saúde", disse o estado (Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 20h40.

Nova York - A Procuradoria Geral do estado de Nova York se somou nesta quinta-feira à reivindicação apresentada em um tribunal federal contra a ordem executiva do presidente Donald Trump proibindo a entrada de imigrantes de sete países, informou o órgão.

"Nossa demanda descreve como a ordem executiva do presidente Trump não é apenas inconstitucional e fundamentalmente antiamericana, como prejudica profundamente nossas famílias, economia e instituições educacionais e de saúde", disse o procurador-geral Eric Schneiderman.

De acordo com Schneiderman, a intenção do presidente Trump "de discriminar os muçulmanos é clara".

A ordem executiva determina a suspensão temporária da recepção de refugiados e migrantes de sete países de maioria muçulmana para analisar mecanismos de aceitação por motivos de segurança.

No entanto, parte da ordem foi bloqueada no domingo pela juíza federal Ann M. Donnelly, em Nova York, que determinou que refugiados ou pessoas afetadas pela medida e que chegaram a aeroportos americanos não podem ser deportados.

A decisão foi tomada depois que a União Americana pelas Liberdades Civis impugnou a constitucionalidade da ordem executiva quando dois iraquianos, com vistos especiais para entrar nos Estados Unidos, foram retidos no Aeroporto JFK, em Nova York.

A Procuradoria Geral lembrou que a Primeira Emenda da Constituição proíbe ao governo discriminar por motivos religiosos. Também destacou que o presidente e seus colaboradores fizeram comentários que demonstram a intenção de discriminar muçulmanos com base na religião, inclusive proibindo sua entrada no país.

Igualmente o pedido aborda que o "alcance muito amplo e a falta de clareza" da ordem deram lugar a uma aplicação inconsistente pelas autoridades de imigração e pôs em risco a saúde e segurança das famílias atingidas por esta incerteza.

A demanda estabelece que Nova York é o lar de mais de 4,4 milhões de pessoas nascidas no exterior (22,5% da população do estado), número que inclui 15 mil nascidas em um dos sete países afetados com a ação presidencial.

O texto alega que a ordem executiva "prejudicou significativamente a saúde geral e o bem-estar de Nova York e de sua gente, assim como seus interesses empresariais e sua economia" argumentando que dificulta o trabalho nos campos da tecnologia e a engenharia, por exemplo.

Entre os migrantes que não conseguiram entrar em Nova York e detidos no JFK está um médico sudanês que trabalha em um hospital no distrito de Brooklyn.

O tribunal federal de Brooklyn recebeu outros apelos contra a ordem executiva de Trump, a primeira em nome dos iraquianos detidos no JFK e outra em nome do estado de Washington apresentada pela Procuradoria Geral.

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