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Número de mortos em enchentes no Quênia sobe para 228 desde março

O Quênia e outros países do leste da África têm registrado chuvas sazonais mais intensas do que o normal há várias semanas

Membros da Cruz Vermelha do Quênia trabalham em uma área afetada pelas cheias em Kitengela, no Quênia. (AFP/AFP)

Membros da Cruz Vermelha do Quênia trabalham em uma área afetada pelas cheias em Kitengela, no Quênia. (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 5 de maio de 2024 às 10h38.

Pelo menos 228 pessoas morreram no Quênia nas chuvas torrenciais e enchentes que atingem o país desde março e não mostram sinais de abrandamento, informaram as autoridades neste domingo (5).
O Quênia e outros países do leste da África têm registrado chuvas sazonais mais intensas do que o normal há várias semanas devido aos efeitos do fenômeno El Niño.

As chuvas causaram inundações e deslizamentos de terra, destruíram colheitas e casas e deslocaram centenas de milhares de pessoas.

Segundo o Executivo, as chuvas deixaram 228 mortos até o momento e 72 desaparecidos. Mais de 212 mil pessoas também foram deslocadas "voluntariamente ou à força", informou o porta-voz do governo, Isaac Mwaura.

O ministro do Interior ordenou que todas as pessoas que vivem perto de grandes rios ou das 178 "barragens ou reservatórios cheios ou quase cheios de água" evacuassem a área.

O país se preparava para a chegada do ciclone Hidaya, que acabou perdendo força depois de atingir terra firme no sábado, sem deixar vítimas ou grandes danos.

O governo alertou, porém, que ainda houve chuvas torrenciais, com risco de novos deslizamentos de terra e inundações.

No oeste, o rio Nyando transbordou na manhã de domingo, destruindo uma delegacia de polícia, uma escola, um hospital e um mercado na cidade de Ahero, no condado de Kisumu, disse a polícia.

Não houve relatos imediatos de vítimas, mas a polícia disse que o nível da água ainda estava subindo e a ponte principal fora de Kisumu, na rodovia para Nairóbi, estava submersa.

"A situação é grave e não devemos encará-la levianamente", alertou Mwaura, em uma reunião sobre a crise. O porta-voz do governo alertou também para os riscos de doenças transmitidas pela água, com registro de um caso de cólera e casos de diarreia.

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