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Número de mortos em acidente de trem pode chegar a 200

Número de vítimas mortas pelo descarrilamento de um trem na República Democrática do Congo pode chegar a 200, segundo a Cruz Vermelha


	Trem de passageiros na República Democrática do Congo: "entre 100 e 200 corpos foram enterrados no mesmo local do acidente", segundo fontes
 (Issouf Sanogo/AFP)

Trem de passageiros na República Democrática do Congo: "entre 100 e 200 corpos foram enterrados no mesmo local do acidente", segundo fontes (Issouf Sanogo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 13h21.

Kinshasa - O número de vítimas mortas pelo descarrilamento de um trem de carga na semana passada na República Democrática do Congo (RDC) pode chegar a 200, informaram nesta terça-feira à Agência EFE fontes da Cruz Vermelha.

O número oficial de vítimas do acidente é de 74, mas Thibuabua Esperanza, delegada da Cruz Vermelha Internacional em Kinshasa, assegura que "entre 100 e 200 corpos foram enterrados no mesmo local do acidente".

"Não havia outra opção", justificou a delegada em referência ao enterro dos corpos, que foram depositados em valas comuns.

Os trabalhos de busca de possíveis vítimas continuam uma semana depois do acidente.

A Sociedade Nacional de Ferrovia do Congo (SNCC) apontou o excesso de velocidade como causa principal do acidente, no qual outras 50 pessoas ficaram feridas.

O descarrilamento ocorreu no último dia 22 perto da ponte de Katongola, a cerca de 50 quilômetros da cidade de Kamina, na província de Katanga, e a maioria das vítimas é de comerciantes congoleses e viajantes ilegais, entre eles várias crianças.

O ministro congolês de Transportes, Justin Kalunga, ordenou a abertura de uma investigação para determinar todas as causas do acidente.

Os acidentes de trens são frequentes na RDC, cuja rede ferroviária foi criada pelos colonizadores belgas em 1960.

Em fevereiro, dez pessoas morreram quando dois trens da SNCC descarrilaram em acidentes ocorridos na província de Katanga.

A alta periculosidade se deve à antiguidade dos trens, ao estado das ferrovias e à falta de manutenção.

A falta de renovação das infraestruturas faz com que as vias se deteriorem ou sejam invadidas por casas construídas sobre os trilhos, como no caso da capital, Kinshasa. 

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