Mundo

Novo premiê do Japão convoca eleições parlamentares para 31 de outubro

A decisão de convocar uma eleição foi uma surpresa, embora um pleito tivesse que ocorrer até 28 de novembro, já que o mandato dos atuais parlamentares expira em 21 de outubro

Japão: Novo premiê, Fumio Kishida, chega à sua residência oficial em Tóquio (Issei Kato/Reuters)

Japão: Novo premiê, Fumio Kishida, chega à sua residência oficial em Tóquio (Issei Kato/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 4 de outubro de 2021 às 13h55.

Última atualização em 4 de outubro de 2021 às 13h55.

O novo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, convocou nesta segunda-feira uma eleição parlamentar para 31 de outubro e prometeu reforçar a resposta do país à pandemia do coronavírus, logo após ser eleito formalmente pelo Parlamento ao cargo.

Mais cedo, Kishida, ex-ministro das Relações Exteriores de 64 anos com uma imagem de formador de consensos, revelou um gabinete dominado por aliados do ex-premiê Shinzo Abe e do ex-ministro das Finanças Taro Aso.

Embora ele possa aproveitar o período de lua de mel que o eleitorado costuma conceder a novos governos, analistas políticos disseram que Kishida provavelmente não quer perder tempo por causa dos riscos da pandemia, e que deve primeiramente organizar sua legenda, o Partido Liberal Democrata (PLD), para as próximas eleições.

Sua decisão de convocar uma eleição foi uma surpresa, embora um pleito tivesse que ocorrer até 28 de novembro, já que o mandato dos atuais parlamentares expira em 21 de outubro. O Parlamento agora será dissolvido em 14 de outubro.

Kishida disse que vai considerar pagamentos de alívio à Covid-19, acrescentando que também instruiu os ministros que supervisionam a resposta à pandemia a propor políticas de vacinação, para fortalecer o sistema médico e expandir a testagem para ajudar a reabrir a economia.

"Muitas pessoas estão preocupadas que, embora a situação agora tenha melhorado, o número de infecções possa aumentar novamente e, se houver uma recuperação, se os hospitais serão capazes de lidar com isso", disse ele a repórteres.

Os casos novos de coronavírus em Tóquio chegaram a 87 nesta segunda-feira, o menor índice desde 2 de novembro do ano passado.

Yoshihide Suga, o antecessor de Kishida, tinha 70% de apoio pouco depois de tomar posse, um ano atrás, mas foi abalado por críticas à maneira como lidou com a pandemia. Após a decisão de Suga de deixar o posto e abrir caminho para um novo rosto, Kishida derrotou três candidatos à liderança do PLD na semana passada, preparando o terreno para o Parlamento elegê-lo oficialmente nesta segunda-feira.

Dos 20 nomes do novo gabinete de Kishida, 13 não têm experiência ministerial, o que se alinha à promessa do novo premiê de dar oportunidades a novas pessoas, mas muitos das funções mais importantes foram concedidas a aliados de Abe ou do ministro das Finanças Aso, que está deixando o cargo.

"Ele venceu a eleição com o apoio de Abe e Aso, então está na hora de ele devolver o favor, não é hora de romper com eles", disse o analista político Atsuo Ito.

Quer saber tudo sobre a política internacional? Assine a EXAME e fique por dentro.

Acompanhe tudo sobre:Coronavíruseconomia-internacionalEleiçõesJapãoPandemia

Mais de Mundo

Biden ordena funeral de Estado para Jimmy Carter

Tailândia anuncia que se juntará ao Brics como Estado associado em 1º de janeiro

Mediadores querem fechar acordo de trégua em Gaza antes da posse de Trump