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Novo premiê da Austrália é republicano e pró-casamento gay

Deputado desde 2004 pelo partido, Turnbull derrotou Abbott por 54 votos a 44 em uma votação forçada por ele mesmo pouco depois de renunciar como ministro


	Novo primeiro-ministro, Malcom Turnbull: ele se formou em Direito na Universidade de Sidney e na de Oxford, trabalhou como jornalista e advogado antes de iniciar uma carreira como banqueiro e investidor
 (Getty Images / Stefan Postles)

Novo primeiro-ministro, Malcom Turnbull: ele se formou em Direito na Universidade de Sidney e na de Oxford, trabalhou como jornalista e advogado antes de iniciar uma carreira como banqueiro e investidor (Getty Images / Stefan Postles)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2015 às 14h55.

Sydney - Republicano, favorável ao casamento gay e milionário, Malcom Turnbull assume o posto de primeiro-ministro da Austrália após vencer o ex-premiê Tony Abbott, com quem já tinha desavenças, em uma moção de confiança do Partido Liberal.

Deputado desde 2004 pelo partido, Turnbull derrotou Abbott por 54 votos a 44 em uma votação forçada por ele mesmo pouco depois de renunciar como ministro de Comunicações do até então chefe de governo.

A disputa entre ambos teve início em 2009, quando Abbott o afastou da liderança do partido por um único voto, também em uma moção de confiança forçada após sua decisão de apoiar o plano para a redução de emissões de carbono do então governo trabalhista.

Turnbull, que em outubro completará 61 anos, se formou em Direito na Universidade de Sidney e na de Oxford. Trabalhou como jornalista e advogado antes de iniciar uma carreira como banqueiro e investidor.

Na nova atividade, o novo premiê conseguiu acumular uma fortuna de 133 milhões de dólares australianos (US$ 94 milhões), o que no transformou no parlamentar mais rico do país entre 2005 e 2013, quando foi eleito o magnata Clive Palmer.

Em 1993, assumiu a liderança do Movimento Australiano Republicano, cargo que abandonou em 2000, um ano após se envolver na realização de um referendo para retirar a rainha Elizabeth II da Inglaterra como chefe de Estado do país.

Turnbull ingressou no Partido Liberal em 2002, primeiro como tesoureiro e sendo eleito dois anos depois como deputado. Em 2006, foi nomeado ministro do Meio Ambiente no governo conservador de John Howard, cargo que desempenhou até as eleições do ano seguinte, vencidas pela oposição dos trabalhistas.

Na campanha para o pleito, na qual foi reeleito para o parlamento, o novo premiê se mostrou favorável a oferecer aos casais homossexuais o direito a receber as mesas compensações em caso de falecimento. Já em 2012, defendeu o pleno reconhecimento da união civil entre pessoas do mesmo sexo.

Após a derrota dos conservadores, Turnbull foi nomeado em 2008 líder do Partido Liberal, dias antes de se transformar no primeiro dirigente do partido a admitir ter fumado maconha como jovem, ato que classificou como "uma ideia muito ruim".

Em novembro de 2009, ordenou que seu partido desse apoio ao plano do governo trabalhista de Kevin Rudd para reduzir as emissões de carbono, apesar da oposição aberta de vários deputados liberais, que acabaram retirando-o do cargo através de uma moção de confiança, vencida por Abbott.

Abbott o nomeou ministro das Comunicações após vencer as eleições no país em setembro de 2013, cargo abandonado por Turnbull hoje, horas antes de devolver a derrota de 2009 ao velho rival.

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