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Novo gabinete da Turquia reflete poder crescente de Erdogan

Ao discursar no parlamento, Yildirim disse que vai aproveitar uma "oportunidade histórica" para mudar a Constituição nascida de um golpe militar em 1980

Tayyip Erdogan: o político venceu a primeira eleição presidencial turca em 2014, depois de ocupar o cargo de premiê (Umit Bektas/REUTERS)
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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2016 às 13h59.

Ancara - O novo primeiro-ministro da Turquia , Binali Yildirim, prometeu nesta terça-feira começar a trabalhar imediatamente para estabelecer uma Presidência mais poderosa, como solicitado por seu ocupante, Recep Tayyip Erdogan , e anunciou um gabinete que deu sinais de continuidade política, mas não deixou dúvida sobre quem está no comando.

Membros cruciais da equipe de gerenciamento econômico, entre eles o vice-premiê, Mehmet Simsek, que agrada investidores estrangeiros por ser visto como um reformista, mantiveram seus cargos, mas cerca de metade dos nomes mudou, uma medida para consolidar os 14 anos de Erdogan no poder.

Ao discursar no parlamento, Yildirim disse que vai aproveitar uma "oportunidade histórica" para mudar a Constituição nascida de um golpe militar em 1980.

A nova carta magna deveria refletir o fato de que o presidente havia sido escolhido pelo povo pela primeira vez, e não pela legislatura.

Erdogan venceu a primeira eleição presidencial turca em 2014, depois de ocupar o cargo de premiê, com a intenção de dar à Presidência –um cargo essencialmente simbólico na Turquia– poderes equivalentes aos dos chefes de Estado dos Estados Unidos e da França.

Seus críticos temem um autoritarismo cada vez maior da parte de Erdogan, que continua sendo de longe o político mais popular do país com o auxílio de uma oposição fraca e dividida que carece de uma liderança forte.

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Membros cruciais da equipe de gerenciamento econômico, entre eles o vice-premiê, Mehmet Simsek, que agrada investidores estrangeiros por ser visto como um reformista, mantiveram seus cargos, mas cerca de metade dos nomes mudou, uma medida para consolidar os 14 anos de Erdogan no poder.

Ao discursar no parlamento, Yildirim disse que vai aproveitar uma "oportunidade histórica" para mudar a Constituição nascida de um golpe militar em 1980.

A nova carta magna deveria refletir o fato de que o presidente havia sido escolhido pelo povo pela primeira vez, e não pela legislatura.

Erdogan venceu a primeira eleição presidencial turca em 2014, depois de ocupar o cargo de premiê, com a intenção de dar à Presidência –um cargo essencialmente simbólico na Turquia– poderes equivalentes aos dos chefes de Estado dos Estados Unidos e da França.

Seus críticos temem um autoritarismo cada vez maior da parte de Erdogan, que continua sendo de longe o político mais popular do país com o auxílio de uma oposição fraca e dividida que carece de uma liderança forte.

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