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Novo dia de violência na Síria deixa pelo menos 70 mortos

Em Idlib, 12 pessoas, em sua maioria crianças, morreram em um ataque das forças governamentais contra o ônibus em que estavam

O grupo opositor denunciou ainda que as tropas abriram fogo contra os civis na cidade (Youtube/AFP)

O grupo opositor denunciou ainda que as tropas abriram fogo contra os civis na cidade (Youtube/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2012 às 17h50.

Cairo - A Síria viveu nesta quinta-feira um novo dia de violência que deixou pelo menos 70 mortos, entre eles 12 menores de idade, a maioria nas castigadas províncias do norte e do centro do país, segundo grupos opositores.

De acordo com o grupo opositor Comitês de Coordenação Local (CCL), 24 pessoas morreram em Idlib, 20 em Homs e 15 em Hama, focos da oposição desde o início da revolta, há um ano.

Em Idlib, 12 pessoas, em sua maioria crianças, morreram em um ataque das forças governamentais contra o ônibus em que estavam.

Segundo o grupo opositor, as vítimas eram membros de duas famílias e tentavam fugir rumo a campos de refugiados na Turquia.

As operações das tropas do regime nesta região, contínuas desde o início do mês, foram especialmente intensas nesta quinta-feira nas localidades de Saranieh e Simin, que foram bombardeadas e onde a polícia fez várias prisões.

Em Homs, numerosas casas foram incendiadas na parte antiga da cidade devido aos bombardeios, que também atingiram o povoado vizinho de Qusair, enquanto em Hama, onde se convocou greve geral pelo segundo dia, houve uma ampla mobilização militar em algumas áreas.

O grupo opositor denunciou ainda que as tropas abriram fogo contra os civis na cidade, da mesma forma que ocorreu na localidade próxima de Maard, onde irrompeu um elevado número de membros das forças de segurança.

Já a agência oficial de notícias 'Sana' noticiou a celebração dos funerais de 18 soldados e policiais, assassinados por 'grupos terroristas', como acusam as autoridades.

Segundo dados da ONU, mais de 8 mil pessoas morreram na Síria desde em março de 2011, quando começou a revolta popular contra o regime de Bashar al-Assad, um conflito instigado pela repressão do regime e pelas ações dos grupos armados de oposição.

Para tentar resistir às operações das forças governamentais, o movimento rebelde Exército Livre Sírio (ELS) decidiu mudar de tática em seus combates, revelou nesta quinta-feira à Agência Efe o 'número 2' do grupo, Malik Kurdi. 'A nova tática consiste em não enfrentar diretamente as brigadas de Assad devido ao desequilíbrio de armas e munição'. 

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