Novo advogado de vítima de Strauss-Kahn se apresenta
O advogado Kenneth Thompson anunciou seu papel na porta do Tribunal Penal de Nova York, depois da audiência na qual DSK se declarou inocente das acusações
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2011 às 23h01.
Nova York- O novo advogado da camareira que acusa o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn de crimes sexuais se apresentou publicamente esta segunda-feira. Ele é conhecido por conseguir grandes indenizações em casos civis.
O advogado Kenneth Thompson anunciou seu papel na porta do Tribunal Penal de Nova York, depois da audiência na qual DSK se declarou inocente das acusações feitas contra ele pela mulher de 32 anos, originária da Guiné, em 14 de maio passado.
"O que estamos fazendo é proteger seus direitos, falar por ela e trabalhar com o escritório da promotoria do distrito", disse Thompson à multidão de jornalistas que cobriam a nova audiência do caso do ex-chefe do Fundo Monetário Internacional.
Em discurso com linguagem emotiva, Thompson descreveu sua cliente - cuja identidade tem sido mantida em sigilo - como uma mulher simples e trabalhadora, que está "traumatizada", mas que quer defender sua "dignidade".
O escritório Thompson Wigdor & Gilly, de Nova York, é especializado em defender indivíduos que enfrentam grandes empresas para conseguir indenizações multimilionárias.
A empresa oferece "excepcionais resultados para seus clientes", que vão de mulheres que denunciam discriminação de gênero no Citibank a vítimas da queda de um guindaste sobre um imóvel de Manhattan.
Para uma camareira pobre que se coloca no caminho do rico e poderoso Strauss-Khan, que renunciou ao cargo no FMI após sua detenção, Thompson parece ser um bom aliado.
Em seu currículo constam uma indenização de 8 milhões de dólares em um caso recente de assédio sexual, bem como defesas bem sucedidas em processos criminais contra um suposto traficante de heroína e, ironicamente, um homem acusado de múltiplos estupros.
O advogado Eric Rothstein, que trabalhou com Thompson no gabinete da promotoria, diz que ele "é um excelente advogado que tem várias vitórias impressionantes".
Se Thompson decidir apresentar denúncia civil contra Strauss-Kahn, a soma poderá chegar à casa dos "milhões", disse Rothstein.
Thompson ainda não deu pistas sobre sua estratégia, mas sua entrada no caso traz incertezas.
Segundo especialistas, os promotores que levam adiante a denúncia contra o político francês podem encontrar dificuldades em seu trabalho, caso a suposta vítima decida lançar um processo civil antes de iniciado o julgamento penal.
Os advogados de defesa de Strauss-Kahn teriam um argumento para tentar convencer o júri de que a decisão da suposta vítima de entrar com um processo civil demonstra a intenção de obter benefício econômico.
"Não ajuda, os jurados avaliarão isso", admitiu Rothstein.
Os promotores mantêm a esperança de que Thompson espere o encerramento do caso criminal para iniciar o processo civil.
Ele também teria um bom motivo para esperar: com uma condenação criminal estabelecida, uma ação judicial civil prevendo uma compensação financeira teria pouca oposição.
No entanto, a legislação norte-americana limita o prazo para iniciar processos civis a um ano a partir da data do suposto incidente.
Nova York- O novo advogado da camareira que acusa o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn de crimes sexuais se apresentou publicamente esta segunda-feira. Ele é conhecido por conseguir grandes indenizações em casos civis.
O advogado Kenneth Thompson anunciou seu papel na porta do Tribunal Penal de Nova York, depois da audiência na qual DSK se declarou inocente das acusações feitas contra ele pela mulher de 32 anos, originária da Guiné, em 14 de maio passado.
"O que estamos fazendo é proteger seus direitos, falar por ela e trabalhar com o escritório da promotoria do distrito", disse Thompson à multidão de jornalistas que cobriam a nova audiência do caso do ex-chefe do Fundo Monetário Internacional.
Em discurso com linguagem emotiva, Thompson descreveu sua cliente - cuja identidade tem sido mantida em sigilo - como uma mulher simples e trabalhadora, que está "traumatizada", mas que quer defender sua "dignidade".
O escritório Thompson Wigdor & Gilly, de Nova York, é especializado em defender indivíduos que enfrentam grandes empresas para conseguir indenizações multimilionárias.
A empresa oferece "excepcionais resultados para seus clientes", que vão de mulheres que denunciam discriminação de gênero no Citibank a vítimas da queda de um guindaste sobre um imóvel de Manhattan.
Para uma camareira pobre que se coloca no caminho do rico e poderoso Strauss-Khan, que renunciou ao cargo no FMI após sua detenção, Thompson parece ser um bom aliado.
Em seu currículo constam uma indenização de 8 milhões de dólares em um caso recente de assédio sexual, bem como defesas bem sucedidas em processos criminais contra um suposto traficante de heroína e, ironicamente, um homem acusado de múltiplos estupros.
O advogado Eric Rothstein, que trabalhou com Thompson no gabinete da promotoria, diz que ele "é um excelente advogado que tem várias vitórias impressionantes".
Se Thompson decidir apresentar denúncia civil contra Strauss-Kahn, a soma poderá chegar à casa dos "milhões", disse Rothstein.
Thompson ainda não deu pistas sobre sua estratégia, mas sua entrada no caso traz incertezas.
Segundo especialistas, os promotores que levam adiante a denúncia contra o político francês podem encontrar dificuldades em seu trabalho, caso a suposta vítima decida lançar um processo civil antes de iniciado o julgamento penal.
Os advogados de defesa de Strauss-Kahn teriam um argumento para tentar convencer o júri de que a decisão da suposta vítima de entrar com um processo civil demonstra a intenção de obter benefício econômico.
"Não ajuda, os jurados avaliarão isso", admitiu Rothstein.
Os promotores mantêm a esperança de que Thompson espere o encerramento do caso criminal para iniciar o processo civil.
Ele também teria um bom motivo para esperar: com uma condenação criminal estabelecida, uma ação judicial civil prevendo uma compensação financeira teria pouca oposição.
No entanto, a legislação norte-americana limita o prazo para iniciar processos civis a um ano a partir da data do suposto incidente.