Novas hidrelétricas terão dificuldade por Eletrobras
Analista avaliou que o principal desafio agora será recuperar a capacidade de investimento da estatal federal
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2013 às 12h58.
São Paulo - A Eletrobras tenderá a ter participação minoritária em grandes projetos hidrelétricos após a perda da capacidade de investimentos com a renovação de concessões, segundo avaliação do coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel).
"A Eletrobras não vai ter a mesma capacidade...ela tenderá cada vez mais a uma participação minoritária", disse o professor Nivalde de Castro, coordenador do Gesel da Universidade Federal do Rio de Janeiro, durante debate no evento Power-Gen Brasil.
Castro, para quem as regras de renovação das concessões com redução de tarifas foram "pertinentes", avaliou que o principal desafio agora será recuperar a capacidade de investimento da estatal federal.
"Sem a Eletrobras, esses projetos (grandes hidrelétricas na Amazônia) vão correr um grande risco", disse Castro nesta quarta-feira.
Ele explicou que esses projetos enfrentam desafios relacionados aos impactos ambientais que elevam custos para investidores, dificultando o equilíbrio economico-financeiro.
Ainda sobre os impactos da renovação das concessões, Castro diz que a principal crítica ao processo foi a antecipação da renovação de concessões de geração.
Cemig, Copel e Cesp, não aceitaram a renovação de suas concessões com antecipação, preferindo mantê-las até o fim dos contratos atuais.
"Nas condições que foram dadas, não era viável para a 'área de geração. O que elas iam perder de receita cheia nesses três anos (até 2015) não recuperaria em 30 anos (do novo contrato de concessão)", disse Castro.
O governo federal resolveu renovar as concessões de geração vincendas entre 2015 e 2017 de forma antecipada, sendo que as geradoras que aceitassem passariam a ser remuneradas apenas pelo custo de operação e manutenção das usinas. A energia dessas concessões foi distribuída por meio de cotas para contribuir com a redução das tarifas de energia prometida.
São Paulo - A Eletrobras tenderá a ter participação minoritária em grandes projetos hidrelétricos após a perda da capacidade de investimentos com a renovação de concessões, segundo avaliação do coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel).
"A Eletrobras não vai ter a mesma capacidade...ela tenderá cada vez mais a uma participação minoritária", disse o professor Nivalde de Castro, coordenador do Gesel da Universidade Federal do Rio de Janeiro, durante debate no evento Power-Gen Brasil.
Castro, para quem as regras de renovação das concessões com redução de tarifas foram "pertinentes", avaliou que o principal desafio agora será recuperar a capacidade de investimento da estatal federal.
"Sem a Eletrobras, esses projetos (grandes hidrelétricas na Amazônia) vão correr um grande risco", disse Castro nesta quarta-feira.
Ele explicou que esses projetos enfrentam desafios relacionados aos impactos ambientais que elevam custos para investidores, dificultando o equilíbrio economico-financeiro.
Ainda sobre os impactos da renovação das concessões, Castro diz que a principal crítica ao processo foi a antecipação da renovação de concessões de geração.
Cemig, Copel e Cesp, não aceitaram a renovação de suas concessões com antecipação, preferindo mantê-las até o fim dos contratos atuais.
"Nas condições que foram dadas, não era viável para a 'área de geração. O que elas iam perder de receita cheia nesses três anos (até 2015) não recuperaria em 30 anos (do novo contrato de concessão)", disse Castro.
O governo federal resolveu renovar as concessões de geração vincendas entre 2015 e 2017 de forma antecipada, sendo que as geradoras que aceitassem passariam a ser remuneradas apenas pelo custo de operação e manutenção das usinas. A energia dessas concessões foi distribuída por meio de cotas para contribuir com a redução das tarifas de energia prometida.