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Novas denúncias são 'insustentáveis', diz Mercadante

Ministro nega as acusações levantadas levantadas em matéria da Veja de que teria autorizado tentativa de compra de um dossiê em 2006

Mercadante disse que amanhã comparecerá à audiência pública no Senado e responderá a toda e qualquer questão a respeito do caso (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Mercadante disse que amanhã comparecerá à audiência pública no Senado e responderá a toda e qualquer questão a respeito do caso (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 16h32.

Brasilia - O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, classificou hoje como insustentável denúncia publicada no fim de semana passado, pela revista "Veja", que volta envolvê-lo no episódio que ficou conhecido como "dossiê dos aloprados". A publicação divulgou conteúdo de gravação na qual o atual secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, Expedito Veloso, afirma que Mercadante autorizou a tentativa de compra de um dossiê, em 2006, para prejudicar o então candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes, José Serra.

"Cinco anos depois, uma pessoa que eu só vi uma vez na vida reaparece com uma denúncia, que é insustentável", disse o petista, durante almoço-debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresarias (Lide), na capital paulista.

O petista negou também o envolvimento da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, no episódio. "E cinco anos depois, tentar envolver a Ideli, que acabou de ser nomeada para o ministério, sem nenhum indício, é inaceitável".

Mercadante disse também que amanhã comparecerá à audiência pública no Senado e afirmou que responderá a toda e qualquer questão feita pelos parlamentares a respeito do caso.

Mercadante recorreu à nota divulgada neste fim de semana por Expedito Veloso, na qual o secretário-adjunto nega ter citado nomes na entrevista dada à revista. No comunicado, Veloso diz ser "de estrita responsabilidade do repórter as afirmações que constam da matéria".


O ministro disse ainda que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta na época para investigar o episódio do dossiê. "O meu nome não foi nem citado no relatório final". Mercadante mencionou parecer da Procuradoria-Geral da República, o qual, segundo ele, não mostrou qualquer indício do envolvimento do ministro no episódio e a absolvição unânime no Supremo Tribunal Federal (STF).

Quércia

O ministro disse ainda que a denúncia da revista afirma que o dinheiro para a compra do dossiê veio do PT paulista e do então candidato ao governo de São Paulo, Orestes Quércia (PMDB), morto no fim de 2010, com o objetivo de levar a eleição para o segundo turno. "Não haveria como fazer essa ligação, mesmo se o Quércia estivesse vivo. Ele também negaria essas suspeitas".

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