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Nova Zelândia prolonga toque de recolher após forte terremoto

De acordo com as estimativas preliminares, o terremoto de 7 graus de magnitude na escala Richter deixou feridos e causou danos avaliados em 2 bilhões de dólares neozelandeses (US$ 1,4 bilhão).

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

Sydney - O Governo da Nova Zelândia prolongou hoje o toque de recolher por mais uma noite na cidade de Christchurch após o terremoto de 7 graus de magnitude na escala Richter, que causou um morto, dezenas de feridos e importantes danos materiais.

Mais de 500 prédios comerciais foram destruídos e ao menos 20% dos imóveis ficaram inabitáveis em conseqüência do forte terremoto que na madrugada de sábado sacudiu o sul do país e, sobretudo, Christchurch, a segunda maior cidade do país, habitada 380 mil pessoas e situada no litoral oriental da ilha do sul.

Com objetivo de garantira a segurança da população nas áreas mais afetadas e prevenir atos de vandalismo, o toque de recolher rege das 19h às 7h no horário local, indicaram as autoridades em comunicado.

Na noite passada, a Polícia deteve várias pessoas que tentaram ultrapassar a zona isolada do distrito comercial, aparentemente com a intenção de roubar comércios. As equipes de emergência indicaram que conseguiram reparar a maior parte da rede de abastecimento de água e eletricidade, mas centenas de desabrigados estão em abrigos depois de perderem suas casas.

Pelo balanço oficial, uma pessoa morreu de ataque cardíaco e dezenas ficaram feridas, duas com gravidade, pelo violento tremor, que derrubou fachadas inteiras de prédios e produziu grandes rachaduras no pavimento das ruas. De acordo com as estimativas preliminares, o terremoto causou danos avaliados em 2 bilhões de dólares neozelandeses (US$ 1,4 bilhão).

O primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key, disse à imprensa que as equipes de emergência devem demorar ao menos um ano para reconstruir as áreas afetadas pelo terremoto em Christchurch. Key, que foi à região atingida poucas horas após o terremoto, classificou de "milagre" o fato de ninguém ter morrido esmagado pelas fachadas destruídas.

"É como se partes da cidade tivessem sido colocadas em uma centrífuga de alta potência. Cheguei a ver uma igreja partida ao meio", detalhou o chefe do Governo às televisões locais. Inicialmente, o Serviço Geológico dos Estados Unidos classificou a força do tremor para 7,4 graus, mas depois corrigiu para 7,2 graus, antes de fixar em 7 graus na escala Richter.

As autoridades, que no sábado declararam estado de emergência, temem que a situação piore nas próximas horas devido às réplicas, que serão de 6 graus. Uma agravante também preocupa as autoridades. O sul do país está no caminho de uma tempestade.O tremor afetou outras localidades e zonas rurais da região de Canterbury que registraram danos em prédios e cortes no abastecimento de água e eletricidade.

Na Nova Zelândia, que fica entre as placas tectônicas do Pacífico e da Oceania, são registrados 14 mil terremotos por ano, a grande maioria de baixa intensidade, embora entre 100 e 150 tenham força suficiente para serem percebidos.Segundo os analistas, as técnicas de construir prédios à prova de tremores têm contribuído para diminuir os prejuízos.

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