Pessoas em uma loja de armas em Christchurch, Nova Zelândia (Jorge Silva/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de abril de 2019 às 07h06.
Sydney — O Parlamento da Nova Zelândia aprovou nesta terça-feira, 2, em uma primeira votação, a lei que visa restringir a posse de armas, promovida após o ataque de um supremacista branco em duas mesquitas da cidade de Christchurch.
Um total de 119 parlamentares respaldaram a votação, que teve apenas um voto contrário, durante sessão noturna da câmara, segundo a imprensa local.
O legislativo neozelandês planeja endossar a medida neste mês, que ainda deve ser votada duas vezes, e que visa proibir a posse de armas militares semiautomáticas e fuzis de assalto, como as utilizadas para cometer o massacre.
O superintendente da polícia, Mike McIlraith, demonstrou no tribunal e na frente de políticos sobre como é fácil manipular algumas armas para torná-las mais poderosas, detalhou o jornal "New Zealand Herald".
Cinquenta pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas no ataque indiscriminado contra os fiéis muçulmanos que estavam nas mesquitas antes da tradicional oração do meio-dia, em 15 de março.
Na Nova Zelândia, cerca de 250 mil pessoas possuem licenças padrões de categoria A para porte de armas, que permite aos maiores de 16 anos possuírem e utilizarem rifles e escopetas, após testes policiais.
O suposto agressor, identificado como o australiano Brenton Tarrant, possuía esta licença desde 2017 e desde então comprou cinco armas, incluindo duas semiautomáticas, que na maior parte foram adquiridas pelo site da loja de armas neozelandesa Gun City.