Repórter colaborador
Publicado em 2 de outubro de 2024 às 09h51.
A cidade de Nova York tem travado há muitas décadas uma batalha contra os ratos. Estima-se que existam ao menos 3 milhões deles na cidade - um para cada oito habitantes da metrópole.
Nesse contexto, a prefeitura aprovou um projeto que busca controlar a natalidade dos roedores. A ideia da administração municipal, segundo reportagem do La Nacion, consiste em colocar pílulas anticoncepcionais em contêineres especiais ao alcance desses animais para que possam ingeri-las.
O problema dos ratos na cidade é conhecido em todo o mundo, e até gerou uma mini-indústria turística em torno disso, com pessoas oferecendo passeios para descobrir esses roedores perambulando pelas ruas. No ano passado, as autoridades locais nomearam a funcionária Kathleen Corradi para se encarregar de controlar esses animais, que foram chamados de “inimigo público número um”.
Segundo as estimativas dos especialistas, os ratos têm uma capacidade reprodutiva alta, o que torna o esforço para erradicá-los, ou ao menos diminuir a população, muito difícil. Acredita-se que um casal de ratos possa gerar até 15.000 descendentes em um ano.
A luta para erradicar essa praga das ruas de Nova York começou em 1967, quando o então governador Nelson Rockefeller anunciou a criação do primeiro plano de mitigação de crias: consistia em borrifar carnes e cereais com estrogênio extraído das pílulas anticoncepcionais humanas. No entanto, o método não funcionou.
No final do mês passado, a cidade organizou sua primeira cúpula para combater a praga. Com participação do prefeito Eric Adams, agora indiciado num caso de corrupção, e de outras autoridades municipais, o primeiro dia do evento mostrou apresentações acadêmicas de pesquisadores e especialistas de cidades dos Estados Unidos e Canadá. O segundo dia do summit discutiu os desafios da mitigação dos roedores, abrangendo parques, esgotos, canteiros de obras, moradias públicas, quintais e becos.