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Nova York se transforma em um imenso "Ginásio Pokémon"

Pokémons estão comodamente "passeando" pelos locais mais emblemáticos da cidade, como o Empire State Building, Times Square, Wall Street e Central Park


	Pokémon Go: "Na última semana, vim aqui cinco vezes. Mais do que nos últimos três meses", disse Malik, de 19 anos, no Central Park
 (Drew Angerer/Getty Images)

Pokémon Go: "Na última semana, vim aqui cinco vezes. Mais do que nos últimos três meses", disse Malik, de 19 anos, no Central Park (Drew Angerer/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2016 às 10h26.

Nova York - Não se passaram nem 15 dias desde o lançamento de Pokémon Go e o revolucionário jogo de realidade aumentada segue batendo recordes e já tomou conta das ruas de Nova York.

Pikachu, Charmander, Magikarp ou Caterpie estão comodamente "passeando" pelos locais mais emblemáticos da cidade, como o Empire State Building, Times Square, Wall Street e Central Park, onde centenas de "treinadores Pokémon" se cruzam em busca dos pontos onde as criaturas fictícias aparecem com mais frequência.

"Na última semana, vim aqui cinco vezes. Mais do que nos últimos três meses", disse Malik, de 19 anos, que esperava alguns amigos para "caçar Pokémons" em uma das entradas ao sul do Central Park.

Enquanto outras cidades menores limitam as possibilidades do jogo de realidade aumentada, Nova York oferece um número infinito de pontos de encontro, que transformou a caça aos pokémons também em uma forma de fazer novos amigos.

Encontrar outros "treinadores" não é difícil. Os pontos onde se concentram mais admiradores deste fenômeno, que começou há quase duas décadas nos primeiros consoles portáteis da Nintendo, são aqueles onde o mapa indica um Ginásio Pokémon virtual.

Seja ele a Livraria Nacional, a Catedral de Saint Patrick ou o Museu de Arte Moderna (MoMA), os jogadores colocam a prova suas habilidades e o nível de seus pokémons em lutas digitais.

Apesar de as cidades só contarem com um único ginásio nas primeiras versões do jogo, Manhattan tem um desses centros, onde é possível desafiar outros treinadores, a cada quatro quadras.

Eles são visíveis de longe. É só observar um grupo de pessoas incapazes de separar seus olhos da tela do celular e caminhando em círculos.

Assim explicaram à Agência Efe Erika e Laura, duas jovens que se conheceram há três dias em Bryank Park.

As duas "treinadoras" uniram forças para passear e suportar o calor na cidade, visando ampliar o seu "Pokédex", uma enciclopédia interativa que cataloga cada pokémon observado ou capturado pelo jogador.

"Esse tipo de jogo é muito melhor, porque nos permite sair para a rua, e não ficar em casa conversando por meio de um chat", defendeu uma das jovens na entrevista à Agência Efe.

Pokémon Go obriga os jogadores a caminhar pelas ruas e parques para seguir avançando e subindo níveis, uma aposta de jogo arriscada e quase sem precedentes que, por enquanto, só obteve êxito.

Com mais de 15 milhões de downloads nos Estados Unidos, o jogo, que desde a sexta-feira está disponível em vários países, superou rapidamente outros aplicativos como Facebook, Snapchat, Twitter e Instagram em tempo de uso pelos usuários.

Um dos segredos do esplendoroso sucesso de Pokémon Go é o público-alvo, que inclui tanto pessoas mais jovens como adultos, contagiados pela nostalgia das memórias do jogo que fez parte de suas infâncias há 15 anos.

Por tudo isso, as ações da Nintendo dispararam e valorizaram 76% desde o lançamento do jogo.

Mas a febre também trouxe consigo um lado mais obscuro. Na terça-feira passada, um motorista bateu contra uma árvore no norte do estado de Nova York. Ele admitiu aos policiais que se distraiu caçando pokémons ao volante, segundo a imprensa local.

Os desenvolvedores do jogo, talvez prevendo o que estava por vir, escreveram na mensagem de início do aplicativo: "Estejam atentos ao seu redor". Mas isso não impede que muitos mergulhem nesse mundo virtual, deixando a realidade em segundo plano.

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