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Nova greve em saúde pública britânica após 32 anos

Trabalhadores da saúde pública britânica realizaram greve por aumento salarial, a segunda em poucas semanas após 32 anos sem protestos

Profissional do setor de saúde: greve anterior, a primeira desde 1982, ocorreu no dia 13 de outubro (Richard Juilliart/AFP)

Profissional do setor de saúde: greve anterior, a primeira desde 1982, ocorreu no dia 13 de outubro (Richard Juilliart/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 13h11.

Londres - Os trabalhadores da saúde pública britânica realizaram nesta segunda-feira uma greve para exigir um aumento de seus salários, a segunda em poucas semanas após mais de três décadas sem protestos.

Onze sindicatos do NHS (Serviço Nacional de Saúde) convocaram esta greve de 4 horas, aos quais se somaram parteiras, enfermeiros e funcionários da limpeza.

"A indignação está se estendendo, como também o apoio à causa dos funcionários da saúde pública", explicou Dave Prentis, líder do sindicato Unison, em um ato de protesto em Londres.

A greve anterior, a primeira desde 1982, ocorreu no dia 13 de outubro.

O governo de David Cameron - uma coalizão entre conservadores e liberais com maioria dos primeiros - implantou duras medidas de austeridade desde que chegou ao poder, em 2010, e os funcionários do NHS dizem ter perdido 12% de seu poder aquisitivo em anos.

Especialmente significativo é o caso das parteiras, associadas no Colégio Real de Parteiras (RCM), que entram em greve pela primeira vez em seus 133 anos de existência.

O NHS tem 1,3 milhão de funcionários na Inglaterra. Apenas o exército chinês, as ferrovias indianas e a rede de supermercados Wal-Mart têm mais funcionários, segundo o governo britânico.

Criado em 1948 e financiado com impostos, o NHS foi um marco no estado de bem-estar e fornece cobertura de saúde universal e gratuita.

As greves ocorrem alguns meses antes das eleições gerais de maio de 2015, e o futuro do NHS aparece como o grande tema de campanha.

A oposição trabalhista acusa os conservadores de querer desmantelar este serviço público, algo que Cameron nega.

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