Mundo

Renzi anuncia primeiras medidas da reforma trabalhista na Itália

Reforma mantém a obrigação de reinserção laboral em caso de demissões injustificadas no país


	Matteo Renzi: "a Itália entra em uma fase de extraordinária mudança e de extraordinária abertura"
 (Vincent Kessler/Reuters)

Matteo Renzi: "a Itália entra em uma fase de extraordinária mudança e de extraordinária abertura" (Vincent Kessler/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 16h50.

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, apresentou nesta quarta-feira algumas das medidas de sua reforma trabalhista, na qual se mantém a obrigação de reinserção laboral em caso de demissões injustificadas.

O líder do Partido Democrático (PD) anunciou há meses que estava cogitando modificar o artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores, que recolhe essa obrigação, o que levantou críticas entre a sociedade e foi causa de uma greve geral no último dia 12.

"A Itália entra em uma fase de extraordinária mudança e de extraordinária abertura", ressaltou hoje Renzi, durante a entrevista coletiva realizada ao término do Conselho de Ministros.

Segundo o projeto apresentado, se manterá a obrigação que o empresário, em caso de demissão improcedente, pague uma indenização ao trabalhador.

A grande novidade anunciada por Renzi é que o empresário não poderá evitar, com o pagamento da indenização, a obrigação de reincorporar o trabalhador a seu posto se a demissão foi injustificada.

Esta era uma das medidas que o PD analisava inicialmente e que foi proposta pelo grupo conservador Nova Centro-Direita, cisão do Povo da Liberdade, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

A reforma prevê também que as indenizações nos casos de demissões por causas econômicas serão de "dois meses por ano trabalhado e, em nenhum caso, serão inferiores a quatro meses ou superiores a 24 meses" para empresas com mais de 15 trabalhadores.

Quanto às pequenas empresas, se mantêm as compensações da lei atual: "de entre dois e seis meses, com um sistema gradual vinculado à antiguidade" no posto.

"O fundamental é que, com esta nova reforma trabalhista, ninguém pode dar desculpas para não investir na Itália, nenhum empresário pode dizer que existe na Itália um sistema que desalenta a livre empresa e nenhum trabalhador pode dizer que o Estado não se preocupa com ele", comentou Renzi. 

Acompanhe tudo sobre:DemissõesDesempregoEuropagestao-de-negociosItáliaLegislaçãoLeis trabalhistasPaíses ricosPiigs

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia