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Quem tem medo do Estado Islâmico?

Uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center avaliou quais países mais temem as ameaças dos extremistas. E a Coreia do Sul é um deles

Homens capturados pelo Estado Islâmico: ações do EI trazem preocupações até para populações de países que estão longe do Oriente Médio (Afp.com / HO)

Homens capturados pelo Estado Islâmico: ações do EI trazem preocupações até para populações de países que estão longe do Oriente Médio (Afp.com / HO)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 17 de julho de 2015 às 07h00.

Última atualização em 5 de abril de 2021 às 15h15.

São Paulo – Ataques violentos, execuções brutais e massacres. Situações que mais parecem pesadelos fazem parte do cotidiano de quem vive sob as regras do Estado Islâmico (EI). Embora a coalizão liderada pelos Estados Unidos esteja tentando minar as forças dos extremistas no Oriente Médio, a realidade é que o grupo segue expandindo a sua zona de influência mundo afora.

Não é à toa que uma pesquisa recente conduzida pelo Pew Research Center, uma organização independente que é formada por especialistas de diferentes áreas que se dedicam ao estudo dos acontecimentos políticos, sociais e econômicos, constatou que as atividades do EI são o maior motivo de medo para as populações de 19 países.

O estudo ouviu 46 mil pessoas em 40 países e teve como objetivo detectar os temas que mais preocupam estas populações. Além da ameaça do EI, foram consideradas ainda as mudanças climáticas, instabilidades econômicas, o programa nuclear do Irã, as tensões entre o ocidente e a Rússia e as disputas territoriais com a China.

E quando o assunto é o EI, o país mais atento ao tema é o Líbano. Pudera: faz fronteira com a Síria, onde o grupo está cada vez mais forte e influente, e está naturalmente vulnerável a possíveis ataques. Em território libanês, 84% dos entrevistados revelaram ser esta a sua maior preocupação.

Em segundo lugar está a Espanha. 77% das pessoas disseram ter medo desta ameaça e a temem mais do que as instabilidades econômicas (63%) e as mudanças climáticas (59%). Na terceira posição, surpreendentemente, estão os sul-coreanos (75%) e, em seguida, os japoneses (72%). Nos EUA, país que lidera a luta contra o grupo, esta percentagem é de 68%.

Entre os países da América Latina avaliados na pesquisa, o país que mais teme o EI é o Brasil, no qual 46% dos entrevistados revelaram ter esta preocupação. Antes dela, contudo, estão as mudanças climáticas (75%) e instabilidades econômicas (60%). Logo depois dos brasileiros, estão os argentinos (34%).

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