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Queda pacífica do muro de Berlim foi um milagre, diz Merkel

A chanceler alemã Angela Merkel fala durante as comemorações do 25° aniversário da queda do muro de Berlim


	A chanceler alemã Angela Merkel
 (Thierry Charlier/AFP)

A chanceler alemã Angela Merkel (Thierry Charlier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2014 às 16h56.

Berlim - Enquanto a Alemanha se prepara para o 25º aniversário da queda do Muro de Berlim, no domingo, a chanceler Angela Merkel chamou de um "milagre" o fato de a barreira da Guerra Fria ter sido rompida sem que sequer um tiro fosse disparado.

Em um país com poucos aniversários alegres para celebrar após a sua história beligerante no século 20, os alemães se renderam a memórias da revolução pacífica na Alemanha Oriental que derrubou o Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989.

Mais de 100 mil berlinenses e turistas caminhavam ao longo de um percurso de 15 quilômetros no centro da cidade neste sábado, onde o Muro de Berlim ficava. Sete mil balões iluminados estão agora em suportes de 3,6 metros de altura - correspondentes à altura da parede.

A exposição artística de balões, que ilustra dramaticamente a forma como o muro serpenteava pelo coração da cidade, é porosa para permitir que as pessoas se desloquem facilmente para trás e para a frente, entre as antigas Berlim Oriental e Ocidental. Os balões serão liberados no domingo para simbolizar o desaparecimento do Muro.

Merkel, que era uma cientista de 35 anos na Berlim Oriental comunista na época, disse à televisão alemã antes das comemorações de domingo que havia tensão, medo e emoção no ar nas semanas e dias que antecederam a abertura do Muro.

"Foi um milagre tudo ter acontecido de forma pacífica", disse Merkel, que estava a caminho de casa após uma visita à sauna quando viu uma multidão de pessoas em direção ao oeste e se juntou a eles. "Havia bastante emoção há semanas. Havia tanques que estavam na minha rua desde 7 de outubro."

Merkel, chanceler desde 2005, começou sua carreira na política meses mais tarde, como vice-porta-voz do partido. Normalmente reservada sobre sua vida na Alemanha Oriental, Merkel tinha sido discreta até recentemente sobre detalhes do que ela fez na noite em que o muro foi aberto.

Mas, nas últimas semanas, Merkel tem falado mais abertamente e, neste sábado, disse: "Depois que saí da sauna, na noite de 9 de novembro, fui para a rua Bornholmer atravessar para o outro lado e comemorei lá com completos estranhos."

"Havia apenas essa incrível sensação de felicidade", acrescentou Merkel, que tinha revelado recentemente que foi para um apartamento com estranhos em Berlim Ocidental e queria ligar para uma tia no Ocidente. Em seguida, retornou a Berlim Oriental algumas horas depois porque tinha que começar a trabalhar cedo na manhã seguinte.

"Foi uma noite que nunca vou esquecer", disse Merkel.

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