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Nos EUA, doações a candidatos podem ser feitas até por SMS

Tanto a democrata Hillary Clinton como o republicano Donald Trump têm apelado por doações pela internet ou por mensagem de textos

Hillary e Bernie: ao contrário de Sanders, a campanha de Hillary ainda é majoritariamente financiada por doações dos banqueiros de Wall Street ou das gigantes de tecnologia do Vale do Silício (Brian Snyder / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2016 às 11h39.

São Paulo e Porto Alegre -- Quando se fala em doação online para campanhas políticas, a maior referência é a sociedade norte-americana. Os Estados Unidos se preparam este ano para as eleições presidenciais mais caras da história, com gastos que podem bater em US$ 5 bilhões, praticamente tudo financiado pelo setor privado. Os candidatos têm apelado diariamente para doações, que, nos EUA, passaram a ser permitidas até por SMS. Mas é a internet que tem ganhado ainda mais destaque na corrida para a Casa Branca, sobretudo com o inesperado sucesso do senador democrata Bernie Sanders na fase das primárias.

Sanders pediu em diversos momentos para seus apoiadores fazerem doações pela internet . "Quero começar uma captação de recursos aqui e agora", disse em um comício em fevereiro. O sucesso foi imediato. Dois dias depois, ele tinha arrecadado US$ 8 milhões, com cada pessoa doando em média US$ 27, bem abaixo do máximo estipulado pela legislação dos EUA para o financiamento feito por pessoa física diretamente para o candidato, que é de US$ 2,7 mil. Foram cerca de quatro milhões de contribuintes.

Arrecadar recursos pela internet começou a ganhar força nos EUA nas eleições de 2008, quando o então candidato Barack Obama fez uso crescente das redes sociais para chegar a seus potenciais eleitores. A estratégia deu certo e o democrata arrecadou um recorde de US$ 500 milhões pela internet. Foram membros dessa campanha de Obama que criaram a Revolution Messaging, empresa que cuidou agora da estratégia de Sanders.

Tanto a democrata Hillary Clinton como o republicano Donald Trump têm apelado por doações pela internet ou por mensagem de textos. Mas, ao contrário de Sanders, a campanha deles ainda é majoritariamente financiada por doações dos banqueiros de Wall Street, dos empresários do petróleo do Texas ou das gigantes de tecnologia do Vale do Silício. Pelas regras, empresas e sindicatos são proibidos de doar recursos diretamente ao candidato ou partido, mas podem fazer aportes nos chamados Comitês de Ação Política (PACs, na sigla em inglês).

Os PACs também não podem fazer doações diretas para os candidatos, mas podem fazer campanha - inclusive com anúncios em TVs - para os políticos que defendem e também sobre temas que acham relevantes, como porte de armas ou aborto. Os chamados Super PACs não têm, desde 2010, limites para receber recursos e não precisam revelar a origem do dinheiro, o que tem gerado críticas dos analistas políticos e da imprensa dos EUA desde as eleições de 2012, por conta da influência do poder econômico nas urnas.

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Sanders pediu em diversos momentos para seus apoiadores fazerem doações pela internet . "Quero começar uma captação de recursos aqui e agora", disse em um comício em fevereiro. O sucesso foi imediato. Dois dias depois, ele tinha arrecadado US$ 8 milhões, com cada pessoa doando em média US$ 27, bem abaixo do máximo estipulado pela legislação dos EUA para o financiamento feito por pessoa física diretamente para o candidato, que é de US$ 2,7 mil. Foram cerca de quatro milhões de contribuintes.

Arrecadar recursos pela internet começou a ganhar força nos EUA nas eleições de 2008, quando o então candidato Barack Obama fez uso crescente das redes sociais para chegar a seus potenciais eleitores. A estratégia deu certo e o democrata arrecadou um recorde de US$ 500 milhões pela internet. Foram membros dessa campanha de Obama que criaram a Revolution Messaging, empresa que cuidou agora da estratégia de Sanders.

Tanto a democrata Hillary Clinton como o republicano Donald Trump têm apelado por doações pela internet ou por mensagem de textos. Mas, ao contrário de Sanders, a campanha deles ainda é majoritariamente financiada por doações dos banqueiros de Wall Street, dos empresários do petróleo do Texas ou das gigantes de tecnologia do Vale do Silício. Pelas regras, empresas e sindicatos são proibidos de doar recursos diretamente ao candidato ou partido, mas podem fazer aportes nos chamados Comitês de Ação Política (PACs, na sigla em inglês).

Os PACs também não podem fazer doações diretas para os candidatos, mas podem fazer campanha - inclusive com anúncios em TVs - para os políticos que defendem e também sobre temas que acham relevantes, como porte de armas ou aborto. Os chamados Super PACs não têm, desde 2010, limites para receber recursos e não precisam revelar a origem do dinheiro, o que tem gerado críticas dos analistas políticos e da imprensa dos EUA desde as eleições de 2012, por conta da influência do poder econômico nas urnas.

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