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Noruega confirma cidadãos sequestrados na Argélia

"Posso confirmar que 13 noruegueses estiveram envolvidos no incidente", disse Stoltenberg


	Noruega: a Noruega convocou um gabinete de crise e enviou uma equipe para ajudar à embaixada de Argel.
 (Wikimedia Commons)

Noruega: a Noruega convocou um gabinete de crise e enviou uma equipe para ajudar à embaixada de Argel. (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 16h33.

Copenhague - O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, confirmou nesta quarta-feira que vários cidadãos do país nórdico permanecem sequestrados após o ataque de um grupo terrorista a uma usina de gás no sudeste da Argélia.

"Posso confirmar que 13 noruegueses estiveram envolvidos no incidente", disse Stoltenberg, acrescentando que não pode dizer com segurança quantos deles estão sequestrados.

A companhia petrolífera norueguesa Statoil, que opera a planta de gás com a argelina Sonatrach e a britânica BP, havia informado horas antes que, quando aconteceu o ataque, 17 funcionários seus estavam nas instalações, 13 deles noruegueses, e que quatro estavam a salvo em um acampamento militar.

"A situação na Argélia esta noite é séria e muito pouco clara", declarou Stoltenberg em discurso realizado ao lado do ministro das Relações Exteriores, Espen Barth Eide, transmitido pelo canal público "NRK".

A Noruega convocou um gabinete de crise e enviou uma equipe para ajudar à embaixada de Argel, além de manter um contato contínuo com a Statoil, as autoridades argelinas e as de outros países afetados pelo sequestro.


"Não queremos especular quem está por trás ou que motivos têm. Trabalhamos para trazer outra vez a salvo nossos compatriotas e que não haja perdas de vidas", afirmou Stoltenberg, reticente a dar mais dados por questões de segurança.

Segundo a agência oficial argelina, o grupo armado mantém sequestrados pelo menos 20 trabalhadores de nacionalidades norueguesa, britânica, americana, francesa e japonesa.

No ataque das instalações de tratamento de gás, situadas na província de Ilizi, na fronteira com a Líbia, morreram duas pessoas, uma delas britânica, e outras seis ficaram feridas, quatro agentes de segurança argelinos e outras duas originárias do Reino Unido.

A agência assegurou que os terroristas, que chegaram ao local em três veículos 4x4, estão ainda nas instalações e foram libertando os trabalhadores argelinos em pequenos grupos.

Um grupo radical próximo à Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) e dirigido pelo argelino Mojtar Belmojtar, assumiu hoje a autoria do ataque através da agência privada de notícias mauritana "ANI" e afirmou ter em seu poder 41 reféns ocidentais, sete deles americanos.

Este controvertido líder terrorista advertiu no último dia 5 de dezembro através de um vídeo divulgado na internet da criação de uma nova célula, os Signatários com Sangue, para fazer frente a uma eventual intervenção militar internacional no Mali.

Segundo o grupo, a operação é uma resposta à ingerência flagrante da Argélia e à abertura de seu espaço aéreo à aviação francesa para bombardear as áreas do norte do Mali, controlado por grupos armados salafistas desde junho do ano passado. 

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