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Noruega concede asilo político a 5 militares turcos

Os oficiais são acusados pela Turquia de participação na tentativa fracassada de golpe de Estado de julho do ano passado

Turquia: os militares foram incluídos em uma lista de centenas de efetivos das forças armadas turcas considerados traidores da pátria pela Turquia (Tumay Berkin/Reuters)

Turquia: os militares foram incluídos em uma lista de centenas de efetivos das forças armadas turcas considerados traidores da pátria pela Turquia (Tumay Berkin/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de março de 2017 às 14h09.

Copenhague - A Noruega concedeu asilo político a quatro oficiais turcos e a um adido militar acusados pela Turquia de participação na tentativa fracassada de golpe de Estado de julho do ano passado, informou nesta quarta-feira o jornal "Klassekampen".

Junto com eles também receberam asilo seus familiares, que viviam na Noruega, de acordo com a publicação, que cita como fonte o advogado dos militares, Kjell M.Brygfjeld.

Segundo revelaram eles próprios há dois meses ao tabloide norueguês "VG", os militares foram incluídos em uma lista de centenas de efetivos das forças armadas turcas considerados traidores da pátria pela Turquia, que tinha ordenado seu retorno.

A Turquia avisou na época que os indivíduos que não voltassem dentro de um prazo de três meses perderiam a nacionalidade.

Os cinco militares optaram por ficar na Noruega, país que, assim como a Turquia, é integrante da Otan, e solicitar asilo político.

Mais de 100 militares turcos posicionados no exterior pediram refúgio após o fracasso do levante, que provocou a detenção e a suspensão de dezenas de milhares de membros do exército, da polícia, do Judiciário e do Executivo.

O governo turco manteve nas últimas semanas uma disputa com Holanda e Alemanha, após a decisão destes países de não permitir a maioria dos comícios que alguns ministros turcos realizariam em seus territórios por ocasião do referendo de abril na Turquia sobre a reforma constitucional para ampliar os poderes do presidente.

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