New York Times pede retomada nas relações dos EUA com Cuba
Editorial do jornal americano pede ao presidente dos Estados Unidos o retorno das relações diplomáticas com Cuba e o fim de um "embargo insensato"
Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2014 às 12h08.
Washington - O jornal ' The New York Times ' pediu neste sábado ao presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, que 'reflita seriamente' sobre Cuba para 'retomar relações diplomáticas' com esse país e 'acabar com um embargo insensato', em um editorial publicado em inglês e em espanhol.
Segundo o periódico, uma 'mudança' na política americana em relação a Cuba 'poderia representar uma grande vitória' para o governo de Obama, cuja popularidade está em um momento de baixa.
'Pela primeira vez em mais de meio século, mudanças na opinião pública americana e uma série de reformas em Cuba fizeram com que seja politicamente viável retomar relações diplomáticas e acabar com um embargo insensato', argumenta o periódico nova-iorquino.
Estados Unidos e Cuba romperam suas relações diplomáticas em 1961 e Washington começou a aplicar o embargo econômico contra a ilha um ano depois, em 1962.
'Obama deve aproveitar a oportunidade para dar fim a uma longa era de inimizade e ajudar um povo (o cubano) que sofreu enormemente', afirma o editorial.
De acordo com 'The New York Times', embora o governo 'autoritário' da ilha 'continue perseguindo dissidentes', em anos recentes 'libertou a maioria dos presos políticos que estavam há anos atrás das grades'.
O jornal citou também as reformas econômicas iniciadas pelo presidente Raúl Castro e a flexibilização das restrições de viagens para os cubanos.
'O processo de reformas foi lento e houve revezes. Mas em conjunto estas mudanças demonstram que Cuba está se preparando para uma era pós-embargo', assinalou.
'The New York Times' registrou, além disso, que através dos anos 'vários líderes americanos concluíram que o embargo foi um fracasso' e que a geração de cubanos no exílio que o defende 'está desaparecendo'.
'Retomar relações diplomáticas, para o qual a Casa Branca não precisa de respaldo do Congresso, permitiria aos Estados Unidos ampliar áreas de cooperação nas quais as duas nações já trabalham conjuntamente', como a regulação dos fluxos migratórios e as operações marítimas.
O periódico reconhece que, 'dada a quantidade de crise em nível mundial, é possível que a Casa Branca considere que mudar substancialmente a sua política em relação a Cuba não é uma prioridade'.
Mas, acrescenta, um 'aproximação' à ilha 'ajudaria a melhorar as relações dos Estados Unidos com vários países da América Latina e a impulsionar iniciativas regionais que sofreram como consequência do antagonismo entre Washington e Havana'.
A Casa Branca não confirmou se Obama vai participar no próximo ano da Cúpula das Américas no Panamá, país que já anunciou sua intenção de convidar Cuba para a reunião.
'Tem que fazê-lo. E deveria vê-lo como uma oportunidade para fazer história', concluiu 'The New York Times'. EFE
Washington - O jornal ' The New York Times ' pediu neste sábado ao presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, que 'reflita seriamente' sobre Cuba para 'retomar relações diplomáticas' com esse país e 'acabar com um embargo insensato', em um editorial publicado em inglês e em espanhol.
Segundo o periódico, uma 'mudança' na política americana em relação a Cuba 'poderia representar uma grande vitória' para o governo de Obama, cuja popularidade está em um momento de baixa.
'Pela primeira vez em mais de meio século, mudanças na opinião pública americana e uma série de reformas em Cuba fizeram com que seja politicamente viável retomar relações diplomáticas e acabar com um embargo insensato', argumenta o periódico nova-iorquino.
Estados Unidos e Cuba romperam suas relações diplomáticas em 1961 e Washington começou a aplicar o embargo econômico contra a ilha um ano depois, em 1962.
'Obama deve aproveitar a oportunidade para dar fim a uma longa era de inimizade e ajudar um povo (o cubano) que sofreu enormemente', afirma o editorial.
De acordo com 'The New York Times', embora o governo 'autoritário' da ilha 'continue perseguindo dissidentes', em anos recentes 'libertou a maioria dos presos políticos que estavam há anos atrás das grades'.
O jornal citou também as reformas econômicas iniciadas pelo presidente Raúl Castro e a flexibilização das restrições de viagens para os cubanos.
'O processo de reformas foi lento e houve revezes. Mas em conjunto estas mudanças demonstram que Cuba está se preparando para uma era pós-embargo', assinalou.
'The New York Times' registrou, além disso, que através dos anos 'vários líderes americanos concluíram que o embargo foi um fracasso' e que a geração de cubanos no exílio que o defende 'está desaparecendo'.
'Retomar relações diplomáticas, para o qual a Casa Branca não precisa de respaldo do Congresso, permitiria aos Estados Unidos ampliar áreas de cooperação nas quais as duas nações já trabalham conjuntamente', como a regulação dos fluxos migratórios e as operações marítimas.
O periódico reconhece que, 'dada a quantidade de crise em nível mundial, é possível que a Casa Branca considere que mudar substancialmente a sua política em relação a Cuba não é uma prioridade'.
Mas, acrescenta, um 'aproximação' à ilha 'ajudaria a melhorar as relações dos Estados Unidos com vários países da América Latina e a impulsionar iniciativas regionais que sofreram como consequência do antagonismo entre Washington e Havana'.
A Casa Branca não confirmou se Obama vai participar no próximo ano da Cúpula das Américas no Panamá, país que já anunciou sua intenção de convidar Cuba para a reunião.
'Tem que fazê-lo. E deveria vê-lo como uma oportunidade para fazer história', concluiu 'The New York Times'. EFE