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Netanyahu ordena maior segurança em Jerusalém e Cisjordânia

O anúncio ocorre depois que de tiroteio ontem contra um carro nas proximidades da colônia judia em território palestino de Kedumim


	O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu: "Ampliaremos as forças e aumentaremos a proteção dos veículos para a segurança dos cidadãos israelenses"
 (Gali Tibbon/AFP)

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu: "Ampliaremos as forças e aumentaremos a proteção dos veículos para a segurança dos cidadãos israelenses" (Gali Tibbon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2015 às 08h37.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta segunda-feira que reforçará a segurança em Jerusalém e no território palestino ocupado da Cisjordânia, onde ocorreram nas últimas semanas ataques a militares e colonos israelenses.

"Ampliaremos as forças e aumentaremos a proteção dos veículos para a segurança dos cidadãos israelenses" e "fazer frente ao que está se transformando em uma tendência de aumento de ataques tanto em Jerusalém como na Cisjordânia", disse Netanyahu depois de se reunir nesta manhã com seus ministros da Defesa, Segurança Interna e Transporte para abordar a questão, informou um comunicado de seu escritório.

O anúncio ocorre depois que de um tiroteio ontem contra um carro nas proximidades da colônia judia em território palestino de Kedumim, no qual um israelense ficou levemente ferido.

Além disso, segue também a polêmica aberta neste fim de semana após a divulgação de imagens de um soldado em uma manifestação na sexta-feira na cidade palestina de Nabi Saleh que tratava de prender pela força um menor de idade com o braço engessado.

As fotos e vídeos mostram como duas mulheres e uma adolescente lutam com o soldado para conseguir soltar o menor.

As imagens, vistas em boa parte do mundo como uma amostra de brutalidade de um militar armado contra um menor, causaram em alguns círculos israelenses o efeito contrário, gerando protestos pela suposta indefesa do soldado perante os palestinos.

Soldados da brigada Golani, à qual pertence o soldado fotografado, denunciaram ao jornal "Maariv" que a falta de apoio dos políticos deixou as tropas na Cisjordânia com uma "realidade insuportável"

"Atam nossas mãos e nos mandam a missões irracionais, para que sejamos um saco de boxe para os palestinos", se queixou um soldado a esse jornal.

No último mês aumentou o número de ataques palestinos contra israelenses nos territórios ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, após o ataque de extremistas judeus contra uma casa palestina em Duma no qual morreu queimado um bebê de 18 meses e seu pai.

A Organização das Nações Unidas fez recentemente uma chamada para evitar uma escalada de tensão após o elevado número de incidentes violentos.

Neste ano morreram cerca de 30 palestinos na Cisjordânia pelas mãos de soldados israelenses em distintas circunstâncias, enquanto três israelenses perderam a vida em ataques palestinos.

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