Exame Logo

Netanyahu e Kerry só concordam em "não estar de acordo"

O primeiro-ministro de Israel e o secretário de Estado dos Estados Unidos não conseguiram resolver suas diferenças sobre o programa nuclear do Irã

Netanyahu advertiu Kerry que "a suspensão das sanções contra o Irã será um trágico erro" (REUTERS/Gregorio Borgia/Pool)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 07h09.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, e o secretário de Estado dos Estados Unidos , John Kerry, não conseguiram resolver suas diferenças sobre o programa nuclear do Irã durante as sete horas de reunião que mantiveram em Roma.

Os principais meios da imprensa israelense publicaram nesta quinta-feira que, durante o encontro, as partes apenas concordaram "em não estar de acordo", segundo o jornal "Yedioth Ahronoth".

Conforme a publicação "Israel Hayom", Netanyahu advertiu Kerry que "a suspensão das sanções contra o Irã será um trágico erro".

A reunião dos dois políticos aconteceu na residência do embaixador americano em Roma, um encontro que começou com a entrega de um bolo de aniversário a Netanyahu por seus anfitriões, o que deixou o ambiente mais relaxado, mas não diminuiu a tensão pelas diferenças abissais entre os dois países sobre o projeto nuclear iraniano.

"O principal problema de segurança que enfrentamos é a possibilidade de o Irã desenvolver armas nucleares. Evitá-lo é um objetivo que compartilho com o senhor e com o presidente Obama. Isso significa que (o Irã) não deveria ter centrífugas, nem enriquecer urânio", disse Netanyahu a Kerry.

O líder israelense insistiu que o Irã "deve cumprir com as resoluções do Conselho de Segurança" antes que as sanções sejam suspensas.

Kerry, segundo a imprensa israelense, expressou que os EUA "permanecerão com os olhos bem abertos" para garantir que Teerã não vai aproveitar as negociações para acelerar seu programa nuclear, mas explicou a Netanyahu que todos os esforços devem ser feitos até se esgote o caminho da diplomacia.

Na reunião, as duas partes dialogaram também sobre a situação no Egito e na Síria, assim como as conversas de paz com os palestinos.

Kerry vem buscando desde julho o retorno das negociações entre israelenses e palestinos, após três anos sem nenhum tipo de avanço, um processo que, ao contrário dos anteriores, prossegue no mais absoluto sigilo.

As partes se reuniram até agora em 13 ocasiões, sem que fossem divulgados os avanços conseguidos. EFE

Veja também

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, e o secretário de Estado dos Estados Unidos , John Kerry, não conseguiram resolver suas diferenças sobre o programa nuclear do Irã durante as sete horas de reunião que mantiveram em Roma.

Os principais meios da imprensa israelense publicaram nesta quinta-feira que, durante o encontro, as partes apenas concordaram "em não estar de acordo", segundo o jornal "Yedioth Ahronoth".

Conforme a publicação "Israel Hayom", Netanyahu advertiu Kerry que "a suspensão das sanções contra o Irã será um trágico erro".

A reunião dos dois políticos aconteceu na residência do embaixador americano em Roma, um encontro que começou com a entrega de um bolo de aniversário a Netanyahu por seus anfitriões, o que deixou o ambiente mais relaxado, mas não diminuiu a tensão pelas diferenças abissais entre os dois países sobre o projeto nuclear iraniano.

"O principal problema de segurança que enfrentamos é a possibilidade de o Irã desenvolver armas nucleares. Evitá-lo é um objetivo que compartilho com o senhor e com o presidente Obama. Isso significa que (o Irã) não deveria ter centrífugas, nem enriquecer urânio", disse Netanyahu a Kerry.

O líder israelense insistiu que o Irã "deve cumprir com as resoluções do Conselho de Segurança" antes que as sanções sejam suspensas.

Kerry, segundo a imprensa israelense, expressou que os EUA "permanecerão com os olhos bem abertos" para garantir que Teerã não vai aproveitar as negociações para acelerar seu programa nuclear, mas explicou a Netanyahu que todos os esforços devem ser feitos até se esgote o caminho da diplomacia.

Na reunião, as duas partes dialogaram também sobre a situação no Egito e na Síria, assim como as conversas de paz com os palestinos.

Kerry vem buscando desde julho o retorno das negociações entre israelenses e palestinos, após três anos sem nenhum tipo de avanço, um processo que, ao contrário dos anteriores, prossegue no mais absoluto sigilo.

As partes se reuniram até agora em 13 ocasiões, sem que fossem divulgados os avanços conseguidos. EFE

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaConflito árabe-israelenseDiplomaciaEstados Unidos (EUA)Irã - PaísIsraelPaíses ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame