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Netanyahu diz que segunda fase de cessar-fogo em Gaza começará em breve

Contudo, primeiro-ministro de Israel alerta que essa nova etapa será “difícil”

Benjamin Netanyahu: primeiro-ministro de Israel (GIL COHEN-MAGEN/AFP/Getty Images)

Benjamin Netanyahu: primeiro-ministro de Israel (GIL COHEN-MAGEN/AFP/Getty Images)

Publicado em 7 de dezembro de 2025 às 12h36.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo, 7, que prevê avançar “muito em breve” para a segunda fase do acordo de cessar-fogo em Gaza, mediado pelos Estados Unidos. Ele alertou, no entanto, que essa nova etapa será “difícil”.

“Prevemos passar muito em breve para a segunda fase, que é mais difícil ou igualmente difícil”, declarou Netanyahu após reunião com o chefe de governo da Alemanha, Friedrich Merz.

Netanyahu lembrou que, segundo os termos da primeira fase do acordo, o Hamas ainda deve entregar o corpo do refém israelense Ran Gvili, mantido em Gaza.

A segunda fase do plano de paz, proposto pelo presidente americano Donald Trump, prevê o desarmamento do Hamas e a desmilitarização da Faixa de Gaza.

O plano também inclui o envio de uma força internacional ao território palestino e a retirada progressiva das tropas israelenses.

Em suas palavras de abertura, Netanyahu elogiou a postura da Alemanha em relação a Israel, apesar de nos últimos meses sua relação diplomática ter ficado tensa pela ofensiva em Gaza, e classificou a nação europeia como "comprometida com a defesa de Israel em suas diferentes formas".

"Passados 80 anos após o Holocausto, Israel agora defende a Alemanha", frisou o primeiro-ministro israelense.

Merz reforça apoio de Berlim a Israel

Durante visita ao memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, o chanceler alemão reafirmou o apoio da Alemanha a Israel.

Merz chegou a Israel no sábado,6, para sua primeira visita diplomática desde que assumiu o cargo, para consolidar a relação bilateral após tensões causadas pela guerra em Gaza e pela violência de colonos judeus extremistas na Cisjordânia ocupada.

“A Alemanha deve defender a existência e a segurança de Israel. Isto permanecerá para sempre profundamente inscrito no vínculo que nos une”, declarou o chanceler no memorial, ressaltando a “responsabilidade histórica” da Alemanha no extermínio de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

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