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Netanyahu diz que cessar-fogo terminará sábado se Hamas não entregar reféns

Tropas israelenses são mobilizadas na fronteira de Gaza em meio a impasse com Hamas

Israel: tropas são mobilizadas na fronteira de Gaza em meio a impasse com o Hamas (Oliver Contreras/AFP)
EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 15h00.

Após reunir o gabinete de segurança por quatro horas nesta terça-feira, 11, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que, se o grupo islamista palestino Hamas não libertar os reféns até sábado, 15, ao meio-dia, Israel retomará a ofensiva militar na Faixa de Gaza .

“No gabinete, decidimos por unanimidade: se o Hamas não devolver nossos reféns até sábado ao meio-dia, o cessar-fogo terminará e o Exército voltará a combater intensamente até que o Hamas seja finalmente derrotado”, declarou Netanyahu em um vídeo, sem especificar se se referia aos três reféns previstos no último acordo de troca ou aos nove ainda vivos da primeira fase.

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Um funcionário israelense, sob anonimato, esclareceu à imprensa local que a exigência inclui os nove reféns sobreviventes, que deveriam ter sido libertados nos 42 dias da primeira fase do cessar-fogo.

“Diante do anúncio do Hamas de violar o acordo e não libertar nossos reféns, ordenei que as forças armadas se reunissem dentro e ao redor da Faixa de Gaza. Essa operação está em andamento e será concluída em breve”, acrescentou Netanyahu.

Em comunicado, o Exército de Israel confirmou que mobilizou tropas adicionais e reservistas na fronteira sul próxima a Gaza, “em preparação para diversos cenários”.

Pressão dos EUA e ameaças de Trump

Pouco antes do anúncio oficial de Netanyahu, funcionários israelenses já haviam adiantado que o gabinete apoiava a postura do presidente dos EUA, Donald Trump, que na segunda-feira ameaçou desencadear “o inferno” em Gaza caso os reféns não fossem libertados até sábado.

“Se não devolverem todos os reféns até sábado, ao meio-dia, um tempo apropriado, eu diria para cancelarmos tudo. Tudo estará permitido e deixaremos que se desate o inferno”, afirmou Trump no Salão Oval, após assinar ordens executivas.

Netanyahu reforçou que todos “aplaudem” a sugestão de Trump e sua chamada “visão revolucionária para o futuro de Gaza” – termo que estaria sendo utilizado por funcionários israelenses para se referir à proposta de esvaziar a Faixa de Gaza, medida que, caso imposta à força, poderia configurar crime de guerra segundo o Direito Internacional.

Hamas alega violações de Israel

O Hamas justificou o atraso no sexto acordo de troca de reféns, previsto para este sábado, citando violações cometidas por Israel, como:

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