Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu gives statements to the media inside The Kirya, which houses the Israeli Defence Ministry, after their meeting in Tel Aviv on October 12, 2023. Blinken arrived in a show of solidarity after Hamas's surprise weekend onslaught in Israel, an AFP correspondent travelling with him reported. He is expected to visit Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu as Washington closes ranks with its ally that has launched a withering air campaign against Hamas militants in the Gaza Strip. (Photo by Jacquelyn Martin / POOL / AFP) (Photo by JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP via Getty Images) (JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP /Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 29 de novembro de 2024 às 06h43.
Última atualização em 29 de novembro de 2024 às 06h45.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou nesta quinta-feira voltar à guerra aberta contra o Hezbollah no Líbano, menos de 48 horas após o início da trégua, se o grupo pró-iraniano violar amplamente as condições do cessar-fogo.
“Se houver uma violação grave do acordo, não vamos operar apenas cirurgicamente, como estamos fazendo agora. Se houver uma violação grave do acordo, ordenei que as Forças de Defesa de Israel se preparem para uma guerra intensa”, disse Netanyahu em uma entrevista ao "Canal 14".
O acordo afirma que “esses compromissos não impedem que Israel ou o Líbano exerçam seu direito inerente de autodefesa, de acordo com o direito internacional”.
Netanyahu disse na noite de terça-feira, ao anunciar o acordo, que Israel “manteria total liberdade de ação militar” no Líbano “com a total compreensão dos Estados Unidos”. As autoridades libanesas disseram que se opõem a qualquer violação de sua soberania.
Os moradores do norte “retornarão em etapas, quando sentirem que o que eu digo é verdade”, previu o premiê, conforme a imprensa israelense, sobre os 60 mil deslocados no norte, muitos deles críticos em relação ao fim da guerra.
Hamas aprova cessar-fogo entre Israel e Hezbollah e se diz pronto para acordo em GazaO segundo dia da trégua foi marcado pela discordância entre as partes sobre o direito de Israel de atacar o Hezbollah se acreditar que os combatentes violaram o acordo, algo que Netanyahu diz ser um pré-requisito, mas que as autoridades libanesas e do Hezbollah rejeitam.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, pediu nesta quinta-feira, em uma ligação com o presidente francês, Emmanuel Macron, que a comunidade internacional aumente a pressão sobre Israel, que, segundo ele, violou o acordo ao realizar ataques aéreos e ataques com várias armas no território libanês.
Por sua vez, Israel acusou o Hezbollah de violar os termos do acordo e confirmou ter atacado dois supostos combatentes dentro de um prédio “usado para disparar dezenas de projéteis contra Israel no mês passado”, além de outros ataques aéreos contra armas no sul do Líbano.
O acordo, mediado pelos EUA e pela França, inclui um cessar-fogo inicial de dois meses, durante o qual o Hezbollah se retirará ao norte do rio Litani e as forças israelenses deixarão o Líbano para dar lugar às tropas libanesas e às forças de paz da ONU ao longo da fronteira