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Neonazistas são acusados de pertencer a grupo criminoso

Quatro deputados do partido neonazista grego Aurora Dourado que compareceram perante a justiça foram acusados de pertencer a um grupo criminoso

O líder do partido neonazista grego Aurora Dourada, Nikos Mihaloliakos: promotoria acusava deputados de pertencer a um grupo criminoso (Louisa Gouliamaki/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 08h58.

Atenas - Os quatro deputados do partido neonazista grego Aurora Dourado que compareceram perante a justiça foram acusados nesta quarta-feira de pertencer a um grupo criminoso.

Três dos quatro parlamentares foram liberados após a audiência e proibidos de sair do país, enquanto foi decretada a prisão preventiva do quarto congressista.

O porta-voz do partido, Ilyas Kasidiaris, precisou pagar uma fiança de 50 mil euros para ser solto, enquanto os deputados Ilyas Panayotaros e Nikos Mijos foram liberados sem necessidade de fiança.

O quarto, Yannis Lagos, foi preso preventivamente pois o juiz considerou que o político está envolvido no assassinato do rapper Pavlos Fyssas, em 18 de setembro, cometido por um suposto militante de Aurora Dourado, informou a agência de notícias "AMNA".

A promotoria acusava os quatros de pertencer a um grupo criminoso que desde 1987 cometeu centenas de agressões contra imigrantes e militantes de esquerda, matando dezenas de pessoas e ferindo centenas.

Segundo explicou a emissora de televisão "Skai", o juiz decidiu manter a acusação principal da promotoria mas considera que em três dos quatro casos não há provas suficientes para justificar a prisão preventiva.

A audiência começou na tarde de ontem e se prolongou por mais de 19 horas. Na saída do tribunal, Kasidiaris gritou "viva nossa democracia" e Mijos disse: "só mortos poderão nos vencer".

O ministro do Interior, Yannis Mijelakis, afirmou em entrevista à emissora "Skai" que "sua libertação não significa que os juízes rejeitaram as acusações".

O Aurora Dourada, em comunicado, considerou que "a justiça se negou a executar as ordens de um governo" que atua como "vassalo dos estrangeiros", em referência aos credores internacionais da troika.

"Yannis Lagos permanece preso por razões políticas. Mas em breve ficará provado que não tem nada a ver com a acusação, que carece de seriedade", acrescentou a nota.

Na tarde de hoje deverão comparecer a uma audiência em um tribunal o líder da organização neonazista, Nikolaos Mijaloliakos, e outros acusados.

Enquanto isso, seguem as investigações que averiguam o envolvimento de policiais com o grupo.

Hoje foi detido e interrogado o ex-delegado de um bairro de Atenas onde o Aurora Dourada foi muito ativo nos últimos anos, acusado de abuso de poder, posse e tráfico de armas , falsificação de documentos, contrabando e lavagem de dinheiro .

Ontem três agentes também foram detidos, o que eleva para mais de 25 o número de policiais suspensos ou afastados desde que se iniciou a investigação sobre o Aurora Dourado por causa do assassinato de Fyssas.

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Atenas - Os quatro deputados do partido neonazista grego Aurora Dourado que compareceram perante a justiça foram acusados nesta quarta-feira de pertencer a um grupo criminoso.

Três dos quatro parlamentares foram liberados após a audiência e proibidos de sair do país, enquanto foi decretada a prisão preventiva do quarto congressista.

O porta-voz do partido, Ilyas Kasidiaris, precisou pagar uma fiança de 50 mil euros para ser solto, enquanto os deputados Ilyas Panayotaros e Nikos Mijos foram liberados sem necessidade de fiança.

O quarto, Yannis Lagos, foi preso preventivamente pois o juiz considerou que o político está envolvido no assassinato do rapper Pavlos Fyssas, em 18 de setembro, cometido por um suposto militante de Aurora Dourado, informou a agência de notícias "AMNA".

A promotoria acusava os quatros de pertencer a um grupo criminoso que desde 1987 cometeu centenas de agressões contra imigrantes e militantes de esquerda, matando dezenas de pessoas e ferindo centenas.

Segundo explicou a emissora de televisão "Skai", o juiz decidiu manter a acusação principal da promotoria mas considera que em três dos quatro casos não há provas suficientes para justificar a prisão preventiva.

A audiência começou na tarde de ontem e se prolongou por mais de 19 horas. Na saída do tribunal, Kasidiaris gritou "viva nossa democracia" e Mijos disse: "só mortos poderão nos vencer".

O ministro do Interior, Yannis Mijelakis, afirmou em entrevista à emissora "Skai" que "sua libertação não significa que os juízes rejeitaram as acusações".

O Aurora Dourada, em comunicado, considerou que "a justiça se negou a executar as ordens de um governo" que atua como "vassalo dos estrangeiros", em referência aos credores internacionais da troika.

"Yannis Lagos permanece preso por razões políticas. Mas em breve ficará provado que não tem nada a ver com a acusação, que carece de seriedade", acrescentou a nota.

Na tarde de hoje deverão comparecer a uma audiência em um tribunal o líder da organização neonazista, Nikolaos Mijaloliakos, e outros acusados.

Enquanto isso, seguem as investigações que averiguam o envolvimento de policiais com o grupo.

Hoje foi detido e interrogado o ex-delegado de um bairro de Atenas onde o Aurora Dourada foi muito ativo nos últimos anos, acusado de abuso de poder, posse e tráfico de armas , falsificação de documentos, contrabando e lavagem de dinheiro .

Ontem três agentes também foram detidos, o que eleva para mais de 25 o número de policiais suspensos ou afastados desde que se iniciou a investigação sobre o Aurora Dourado por causa do assassinato de Fyssas.

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