Mundo

Negociações sobre programa nuclear iraniano serão retomadas

A próxima rodada de negociações será dia 18 de fevereiro, em Viena


	Irã: o acordo, previsto para durar seis meses, é a primeira etapa antes de um pacto global garantindo que a natureza do programa nuclear iraniano é exclusivamente pacífica (Atta Kenare/AFP)

Irã: o acordo, previsto para durar seis meses, é a primeira etapa antes de um pacto global garantindo que a natureza do programa nuclear iraniano é exclusivamente pacífica (Atta Kenare/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 15h28.

Munique - As grandes potências e o Irã realizarão a próxima rodada de negociações sobre o programa nuclear iraniano no dia 18 de fevereiro, em Viena, informou nesta sexta-feira a chefe da Diplomacia europeia, Catherine Ashton.

A decisão foi adotada em uma reunião entre Ashton, representando as grandes potências, e o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, à margem da Conferência sobre Segurança realizada em Munique, Alemanha.

"Tivemos uma reunião realmente interessante. O avanço mais importante é que chegamos a um acordo para realizar as discussões no dia 18 de fevereiro na sede da ONU em Viena", indicou Ashton em um curto comunicado.

Teerã e o grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, Alemanha) concluíram em novembro de 2013, em Genebra, um acordo provisório que congela algumas atividades nucleares sensíveis do Irã em troca de uma suspensão parcial das sanções ocidentais.

Com a aplicação iniciada em 20 de janeiro, o acordo, previsto para durar seis meses, é a primeira etapa antes de um pacto global garantindo que a natureza do programa nuclear iraniano é exclusivamente pacífica.

Em virtude do acordo de Genebra, que deve ser "amplamente monitorado" pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Irã se compromete a limitar o enriquecimento de urânio a 5%, a neutralizar seu estoque de urânio a 20%, a interromper suas atividades nas usinas de Natanz, Fordo e no reator de água pesada de Arak, e a suspender a instalação de centrífugas - cerca de 19.000 atualmente - nessas instalações.

O grupo 5+1 deve, em contrapartida, retirar suas sanções sobre os setores automobilístico e aeronáutico, e desbloquear os bens financeiros congelados.

O período de seis meses deve permitir destravar as discussões sobre um acordo global em torno do programa nuclear iraniano, que tenta solucionar uma crise de mais de dez anos entre o Irã e a comunidade internacional.

O Ocidente e Israel suspeitam que o Irã tenha o objetivo de produzir uma bomba atômica sob o pretexto de um programa nuclear civil, algo que Teerã nega, insistindo no caráter pacífico de suas atividades.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaÁsiaEnergiaEnergia nuclearEuropaInfraestruturaIrã - PaísPaíses ricos

Mais de Mundo

Milei se reunirá com Macron em viagem à França para abertura dos Jogos Olímpicos

'Tome chá de camomila', diz Maduro após Lula se preocupar com eleições na Venezuela

Maduro deve aceitar resultado das eleições se perder, diz ex-presidente argentino

Macron só vai nomear primeiro-ministro após Jogos Olímpicos

Mais na Exame