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Navio de resgate chega à Itália com imigrantes após semana fatal

Embarcação carregava mais de 200 imigrantes e oito corpos. Centenas se afogaram ao tentar chegar à Europa partindo da Líbia

Barco com refugiados: maioria era da África Ocidental (Yara Nardi/Italian Red Cross/Handout/Reuters)

Barco com refugiados: maioria era da África Ocidental (Yara Nardi/Italian Red Cross/Handout/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de novembro de 2016 às 11h59.

Última atualização em 20 de novembro de 2016 às 12h01.

Messina - Um navio de resgate carregando mais de 200 imigrantes e oito corpos atracou neste domingo na Sicília após uma semana fatal no Mediterrâneo, na qual centenas se afogaram ao tentar chegar à Europa partindo da Líbia.

A maioria dos 219 homens, mulheres e crianças no navio de resgate Bourbon Argos eram da África Ocidental, de acordo com a organização Médicos sem Fronteiras, que opera o navio.

Entre os passageiros estavam 27 homens resgatados pela Marinha britânica na quarta-feira e transferidos para o Bourbon Argos após o bote em que viajavam naufragar. Seis corpos foram retirados da água na quarta-feira e outras 97 pessoas que estavam no bote estão desaparecidas.

No total, cerca de 365 imigrantes se afogaram na semana passada no Mediterrâneo, disse a Organização Internacional para Imigrações na sexta-feira.

Sobreviventes do bote indicaram que um traficante os rebocou para o mar por duas horas e, depois, apontando uma arma, obrigou-os a entregar os coletes salva-vidas pelos quais pagaram, além do motor do bote, deixando-os à deriva.

"Naquele momento pensei que íamos morrer, eu sabia que não estávamos perto da Itália e sem um motor não poderíamos chegar longe. O traficante nos disse que seríamos resgatados, mas senti que íamos morrer", disse Abdoullae Diallo, 18, do Senegal, em uma entrevista realizada a bordo do navio de resgate.

(Por Antonio Parrinello)

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