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Naufrágio no mar Mediterrâneo mata 126 imigrantes

Com base nos depoimentos dos sobreviventes, a balsa zarpou na última quinta-feira na Libia com 130 imigrantes, muitos deles sudaneses

Imigrante: os quatro sobreviventes foram resgatados por pescadores líbios (Stefano Rellandini/Reuters)

Imigrante: os quatro sobreviventes foram resgatados por pescadores líbios (Stefano Rellandini/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de junho de 2017 às 21h15.

Roma - Pelo menos 126 imigrantes morreram no naufrágio de uma balsa em que estavam no mar Mediterrâneo no fim de semana, afirmaram nesta segunda-feira à equipe da Organização Internacional para as Migrações (OIM) os quatro sobreviventes da tragédia ao chegarem ao porto de Palermo, no sul da Itália.

O porta-voz da OIM, Flavio di Giacomo, disse à Agência Efe que os sobreviventes são dois nigerianos e dois sudaneses, que desembarcaram hoje em Palermo após serem resgatados em alto mar em estado de choque.

Di Giacomo explicou que, com base nos depoimentos, a balsa zarpou na última quinta-feira na Libia com 130 imigrantes, muitos deles sudaneses, e após algumas horas de navegação foi interceptada por piratas líbios que roubaram seu motor.

Foi então que começou a entrar água na embarcação, que acabou naufragando.

Os quatro sobreviventes foram resgatados por pescadores líbios que lhes embarcaram em outra balsa de imigrantes que navegava pela região com direção à Europa, acrescentou Di Giacomo.

Os quatro sobreviventes se salvaram porque a Guarda Costeira interceptou a balsa na qual tinham sido acolhidos e os transferiu com as demais pessoas a bordo ao porto italiano, onde hoje desembarcaram mais de mil imigrantes.

O porta-voz da OIM apontou que a organização tentou verificar a informação dos sobreviventes falando com outros que viajavam na segunda embarcação e confirmaram sua versão.

O fluxo migratório para a Itália continua aumentando: Desde o começo do ano e até 16 de junho chegaram ao país 65.496 imigrantes procedentes do norte da África, 17,51% a mais que no mesmo período no ano passado, segundo o Ministério do Interior.

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