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Naufrágio na Austrália: 123 pessoas resgatadas

Segundo a premiê australiana, de 123 a 133 pessoas estavam na embarcação

Emigrantes saem da Indonésia a bordo de barcos sobrecarregados e em mau estado para tentar chegar a Austrália e pedir asilo político (Aman Rochman/AFP)

Emigrantes saem da Indonésia a bordo de barcos sobrecarregados e em mau estado para tentar chegar a Austrália e pedir asilo político (Aman Rochman/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2012 às 09h46.

Sydney - Pelo menos 123 solicitantes de asilo que estavam a bordo de um barco que naufragou nesta quarta-feira na altura da ilha de Christmas, território australiano no Oceano Pacífico, foram resgatados, anunciou a primeira-ministra australiana, Julia Gillard.

"As informações que tenho atualmente indicam que 123 pessoas foram resgatadas", declarou Gillard no Parlamento, antes de afirmar que de 123 a 133 pessoas estavam na embarcação. As primeiras informações apontavam 150 passageiros.

Há menos de uma semana, um acidente similar deixou uma centena de mortos ou desaparecidos.

Na quinta-feira passada, um barco que transportava mais de 200 emigrantes, a maioria afegãos, naufragou 120 milhas ao norte da Ilha Christmas, situada no meio do Oceano Índico, a 2.600 km da costa noroeste da Austrália e a 300 km da Indonésia.

Os grupos de resgate encontraram 110 sobreviventes e 17 corpos. Os demais emigrantes seguem desaparecidos no mar.

Os emigrantes - geralmente curdos, afegãos, iranianos e iraquianos - saem da Indonésia a bordo de barcos sobrecarregados e em mau estado para tentar chegar a Austrália e pedir asilo político.

Em dezembro de 2010, uma embarcação com emigrantes do Irã e Iraque bateu contra rochas e matou 50 pessoas na costa da Ilha Christmas.

Desde janeiro, as autoridades australianas interceptaram mais de 60 barcos, que transportavam um total de 4.484 emigrantes, um recorde para um período de seis meses.

As chegadas de solicitantes de asilo dominaram as eleições de 2010. Muitos políticos australianos desejam que os pedidos de asilo sejam examinados fora do país, mas os partidos políticos não conseguem chegar a um acordo para uma solução.

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