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Narcotráfico no México é responsabilidade de todos, diz Papa

Francisco disse que a indiferença ante a violência derivada do tráfico de drogas torna todos responsáveis

Francisco: "sempre os governos têm a culpa de tudo, mas essa é a resposta mais superficial" (Stefano Rellandini/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2015 às 10h34.

O narcotráfico que mantém o México em uma espiral de violência é responsabilidade de todos e culpar apenas o governo "é a resposta mais simplista", disse o papa Francisco em uma entrevista à rede Televisa divulgada na quinta-feira.

Ao fazer uma reflexão sobre as sangrentas repercussões do tráfico de drogas no México o Papa se perguntou: "Quem tem a culpa?", uma pergunta que, sugeriu, a maioria das pessoas responde apontando o governo.

"Sempre os governos têm a culpa de tudo, mas essa é a resposta mais superficial (...) todos temos de alguma maneira a culpa (...) sei que é difícil denunciar um narcotraficante, mas todos devemos disponibilizar o ombro" para carregar a responsabilidade compartilhada, disse o Papa, que na quinta-feira completou dois anos de pontificado.

Também anunciou que visitará o México em uma data que ainda será determinada.

Em referência ao caso dos 43 estudantes desaparecidos e provavelmente massacrados depois de terem sido baleados por policiais corruptos e criminosos no dia 26 de setembro em Iguala (Guerrero, sul), o Papa disse que a indiferença ante a violência derivada do narcotráfico torna todos responsáveis.

Em fevereiro, Francisco e o governo do México tiveram um breve episódio de tensão quando um legislador de Buenos Aires amigo do Papa divulgou um e-mail no qual o pontífice falava de "evitar a mexicanização" da Argentina, em referência à violência do narcotráfico.

O governo mexicano considerou que estes comentários podiam estigmatizar o país, mas o caso se dissipou rapidamente com uma troca de notas diplomáticas.

Francisco reafirmou na entrevista de quinta-feira que tudo está em paz entre o Vaticano e o governo do México, o segundo país com mais católicos do mundo, atrás apenas do Brasil.

"Isso não fechou as portas do México para mim, vou ao México", declarou o primeiro Papa latino-americano da história sem dizer quando a visita será realizada.

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Ao fazer uma reflexão sobre as sangrentas repercussões do tráfico de drogas no México o Papa se perguntou: "Quem tem a culpa?", uma pergunta que, sugeriu, a maioria das pessoas responde apontando o governo.

"Sempre os governos têm a culpa de tudo, mas essa é a resposta mais superficial (...) todos temos de alguma maneira a culpa (...) sei que é difícil denunciar um narcotraficante, mas todos devemos disponibilizar o ombro" para carregar a responsabilidade compartilhada, disse o Papa, que na quinta-feira completou dois anos de pontificado.

Também anunciou que visitará o México em uma data que ainda será determinada.

Em referência ao caso dos 43 estudantes desaparecidos e provavelmente massacrados depois de terem sido baleados por policiais corruptos e criminosos no dia 26 de setembro em Iguala (Guerrero, sul), o Papa disse que a indiferença ante a violência derivada do narcotráfico torna todos responsáveis.

Em fevereiro, Francisco e o governo do México tiveram um breve episódio de tensão quando um legislador de Buenos Aires amigo do Papa divulgou um e-mail no qual o pontífice falava de "evitar a mexicanização" da Argentina, em referência à violência do narcotráfico.

O governo mexicano considerou que estes comentários podiam estigmatizar o país, mas o caso se dissipou rapidamente com uma troca de notas diplomáticas.

Francisco reafirmou na entrevista de quinta-feira que tudo está em paz entre o Vaticano e o governo do México, o segundo país com mais católicos do mundo, atrás apenas do Brasil.

"Isso não fechou as portas do México para mim, vou ao México", declarou o primeiro Papa latino-americano da história sem dizer quando a visita será realizada.

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