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Não tenho um procurador-geral, diz Trump em ataque a Sessions

O procurador-geral é criticado por Trump desde que afirmou ser impedido de investigar a interferência russa nas eleições americanas de 2016

Trump: o presidente americano afirmou que as críticas contra Sessions vão além da "questão Rússia" (Brian Snyder/Reuters)

Trump: o presidente americano afirmou que as críticas contra Sessions vão além da "questão Rússia" (Brian Snyder/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de setembro de 2018 às 11h19.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez nesta quarta-feira o ataque mais direto ao procurador-geral do país, Jeff Sessions.

"Não tenho um procurador-geral. É muito triste", afirmou Trump em uma entrevista concedida na Casa Branca ao jornal "The Hill".

Este foi o ataque mais contundente feito pelo presidente a Sessions desde o início do governo. O procurador-geral tem sido alvo frequente das críticas de Trump desde que decidiu se declarar impedido de investigar a interferência da Rússia nas eleições de 2016 e a possível colaboração com a campanha republicana.

Trump, no entanto, ressaltou que as críticas vão além da atuação de Sessions no chamado "caso Rússia".

"Não estou contente com a fronteira. Não estou contente com várias coisas, não só isso", afirmou o presidente, sem dar detalhes.

O presidente lembrou que Sessions foi o primeiro senador que o apoiou durante as primárias do Partido Republicano para a presidência e que ele queria ser procurador-geral.

Sobre a possibilidade de demitir Sessions depois das eleições legislativas de novembro, Trump, apesar das críticas, não quis fazer uma declaração contundente.

"Veremos o que vai acontecer. Muita gente me pediu que o faça. (...) Estou muito decepcionado com Jeff", afirmou o presidente.

No fim de agosto, o procurador-geral respondeu às críticas de Trump ao afirmar que "as ações do Departamento de Justiça não serão influenciadas incorretamente por considerações políticas".

Após Sessions ter se declarado impedido de se envolver no caso Rússia, a apuração das denúncias ficou sob a responsabilidade do procurador-geral-adjunto, Rod Rosenstein, que escolheu o promotor especial Robert Mueller para conduzir as investigações.

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