"Não quero dinheiro", diz camareira que acusa Strauss-Kahn
Depois de permanecer em silêncio e no anonimato desde meados de maio, Nafissatou Diallo, de 32 anos, apareceu em público e concedeu entrevistas
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2011 às 21h54.
Nova York - A mulher que acusou o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn de estupro não busca dinheiro com sua denúncia, afirmou nesta quarta-feira seu advogado, depois que a cliente passou oito horas com os promotores para esclarecer uma conversa que teve por telefone com um preso.
Nafissatou Diallo "nunca disse as palavras" atribuídas à ela por um jornal americano, segundo as quais Strauss-Kahn "tem muito dinheiro", afirmou o advogado Kenneth Thompson em referência a uma conversa por telefone entre sua cliente e um amigo preso, feita após o episódio de 14 de maio em um hotel em Nova York.
A suposta vítima do ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) tem direito a apresentar uma ação civil, completou por outro lado Thompson à imprensa na porta do tribunal localizado no sul de Manhattan.
Diallo apresentou-se nesta quarta-feira no gabinete do procurador de Nova York, após sua surpreendente aparição pública na imprensa americana.
A reunião ocorreu em meio a crescentes dúvidas sobre se o procurador Cyrus Vance seguirá adiante com o caso contra Strauss-Kahn, quase um mês depois da descoberta de contradições e mentiras no depoimento da camareira.
Depois de permanecer em silêncio e no anonimato desde meados de maio, a mulher guineana de 32 anos apareceu em público no domingo e concedeu entrevistas, inclusive na televisão, nas quais relatou com detalhes os abusos sexuais dos quais afirma ter sido vítima.
Na sexta-feira, Diallo fará uma coletiva de imprensa no Brookyln (sudeste), onde estará acompanhada por líderes religiosos e pela comunidade afro-americana de Nova York.
Depois de sua surpreendente aparição pública, a promotoria anunciou na terça-feira um novo adiamento da próxima audiência do caso contra Strauss-Kahn, de 1º para 23 de agosto, após um acordo com os advogados de defesa.
Segundo o New York Times, Diallo teria dito a um amigo preso na conversa telefônica (chave para sustentar ou não a credibilidade da denunciante): "este tipo tem muito dinheiro, sei o que faço".
De acordo com o jornal, os investigadores levaram várias semanas para conseguir traduzir esta conversação telefônica feita na língua nativa de Diallo.
Outros jornais, no entanto, já criticaram a tradução do diálogo.
Em uma entrevista ao canal de televisão americano ABC, Diallo assegurou que se referia ao advogado que iria defendê-la.
Strauss-Kahn, que goza de liberdade sob palavra, enfrenta sete acusações, entre elas a de tentativa de estupro.
Os advogados do ex-diretor do FMI, William Taylor e Benjamin Brafman, deram seu "consentimento" para postergar a audiência, que já havia sido mudada pela primeira vez de 18 de julho para 1º de agosto, reiterando seu pedido de que se abandonem as acusações contra seu cliente.
Para os advogados de Strauss-Kahn, a aparição pública de Diallo busca pressionar a promotoria para que continue com a causa penal, sem a qual uma demanda civil potencialmente lucrativa não prosperaria.
Nova York - A mulher que acusou o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn de estupro não busca dinheiro com sua denúncia, afirmou nesta quarta-feira seu advogado, depois que a cliente passou oito horas com os promotores para esclarecer uma conversa que teve por telefone com um preso.
Nafissatou Diallo "nunca disse as palavras" atribuídas à ela por um jornal americano, segundo as quais Strauss-Kahn "tem muito dinheiro", afirmou o advogado Kenneth Thompson em referência a uma conversa por telefone entre sua cliente e um amigo preso, feita após o episódio de 14 de maio em um hotel em Nova York.
A suposta vítima do ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) tem direito a apresentar uma ação civil, completou por outro lado Thompson à imprensa na porta do tribunal localizado no sul de Manhattan.
Diallo apresentou-se nesta quarta-feira no gabinete do procurador de Nova York, após sua surpreendente aparição pública na imprensa americana.
A reunião ocorreu em meio a crescentes dúvidas sobre se o procurador Cyrus Vance seguirá adiante com o caso contra Strauss-Kahn, quase um mês depois da descoberta de contradições e mentiras no depoimento da camareira.
Depois de permanecer em silêncio e no anonimato desde meados de maio, a mulher guineana de 32 anos apareceu em público no domingo e concedeu entrevistas, inclusive na televisão, nas quais relatou com detalhes os abusos sexuais dos quais afirma ter sido vítima.
Na sexta-feira, Diallo fará uma coletiva de imprensa no Brookyln (sudeste), onde estará acompanhada por líderes religiosos e pela comunidade afro-americana de Nova York.
Depois de sua surpreendente aparição pública, a promotoria anunciou na terça-feira um novo adiamento da próxima audiência do caso contra Strauss-Kahn, de 1º para 23 de agosto, após um acordo com os advogados de defesa.
Segundo o New York Times, Diallo teria dito a um amigo preso na conversa telefônica (chave para sustentar ou não a credibilidade da denunciante): "este tipo tem muito dinheiro, sei o que faço".
De acordo com o jornal, os investigadores levaram várias semanas para conseguir traduzir esta conversação telefônica feita na língua nativa de Diallo.
Outros jornais, no entanto, já criticaram a tradução do diálogo.
Em uma entrevista ao canal de televisão americano ABC, Diallo assegurou que se referia ao advogado que iria defendê-la.
Strauss-Kahn, que goza de liberdade sob palavra, enfrenta sete acusações, entre elas a de tentativa de estupro.
Os advogados do ex-diretor do FMI, William Taylor e Benjamin Brafman, deram seu "consentimento" para postergar a audiência, que já havia sido mudada pela primeira vez de 18 de julho para 1º de agosto, reiterando seu pedido de que se abandonem as acusações contra seu cliente.
Para os advogados de Strauss-Kahn, a aparição pública de Diallo busca pressionar a promotoria para que continue com a causa penal, sem a qual uma demanda civil potencialmente lucrativa não prosperaria.