Itália: nesta quinta-feira (29), a Itália expulsou um tunisiano de 23 anos que "mostrava sinais de radicalização" (Getty Images)
AFP
Publicado em 29 de dezembro de 2016 às 16h20.
O chefe de governo italiano, Paolo Gentiloni, descartou nesta quinta-feira (29) a existência de uma "rede" na Itália de apoio ao tunisiano Anis Amri, suposto autor do atentado de Berlim e morto em 23 de dezembro em Milão.
"A investigação não revelou a existência de redes particulares de Amri na Itália", assegurou o primeiro-ministro italiano na tradicional coletiva de imprensa de fim de ano.
A Polícia italiana investiga todos os movimentos de Amri, bem como seus contatos antes do ataque em 19 de dezembro a um mercado natalino em Berlim. Reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), o atentado deixou 12 mortos e 50 feridos.
Amri, de 24, cumpriu quatro anos de prisão na Sicília por ter incendiado um centro de acolhida para migrantes em 2011. O tunisiano chegou de forma ilegal à ilha de Lampedusa.
Segundo a imprensa italiana, ele teria se radicalizado durante sua permanência na prisão.
De acordo com a investigação internacional, Amri tinha uma meia dúzia de identidades. Aparentemente, usava um documento falso de uma delegacia de Palermo (Sicília), reconhecendo seu status de refugiado.
A Itália ainda não sofreu ataques extremistas. Agora, porém, teme uma possível "vingança" pela morte do tunisiano em uma troca de tiros com a polícia há uma semana, encerrando uma caçada de quatro dias na Europa.
Nesta quinta-feira (29), a Itália expulsou um tunisiano de 23 anos que "mostrava sinais de radicalização", segundo o Ministério do Interior. Desde janeiro de 2015, a Itália deportou 132 pessoas ligadas a organizações extremistas.