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Não há futuro para mulheres como eu no Afeganistão, diz jogadora exilada

"Este era nosso pesadelo, que o Talibã viria e capturaria todo o Afeganistão", disse Fanoos Basir, ex-jogadora da seleção feminina de futebol

Fanoos Basir, de 25 anos, ex-jogadora da seleção feminina de futebol do Afeganistão, em centro de recepção de refugiados em Piriac-Sur-Mer, na França
30/08/2021 (Stephane Mahe/Reuters)

Fanoos Basir, de 25 anos, ex-jogadora da seleção feminina de futebol do Afeganistão, em centro de recepção de refugiados em Piriac-Sur-Mer, na França 30/08/2021 (Stephane Mahe/Reuters)

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Reuters

Publicado em 31 de agosto de 2021 às 11h28.

Como ex-jogadora da seleção feminina de futebol do Afeganistão, Fanoos Basir não vê futuro sob o governo do Talibã. Ela fugiu, e hoje está em um centro de acolhimento de refugiados da França lamentando a vida que deixou para trás.

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"Tínhamos muitos sonhos para nosso país, para nosso futuro, para o futuro das mulheres do Afeganistão", disse ela diante do centro de acolhimento, ao qual chegou depois de ser retirada de Cabul em um voo organizado pela França.

"Este era nosso pesadelo, que o Talibã viria e capturaria todo o Afeganistão", disse ela. "Não há futuro para as mulheres... por ora".

Da última vez em que o Taliban governou o Afeganistão, as mulheres eram proibidas de praticar esportes ou de trabalhar fora de casa e tinham que se cobrir da cabeça aos pés em público.

O movimento islâmico foi expulso na invasão liderada pelos Estados Unidos em 2001, mas 20 anos depois retomou o poder, levando à retirada de dezenas de milhares de afegãos vulneráveis. O último voo partiu na segunda-feira.

Em 2010, Basir se uniu a uma seleção iniciante que treinava em um estádio dilapidado e começou a participar de torneios no exterior.

Uma ex-capitã do time aconselhou as jogadoras ainda no Afeganistão a queimarem seus equipamentos e apagarem suas contas de redes sociais para evitarem represálias do Taliban.

Basir disse que, quando conversou com representantes do grupo militante islâmico, eles responderam: "Você é mulher, não queremos falar com você".

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