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"Não buscamos uma guerra", dizem representantes dos EUA e do Irã

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, negaram nesta terça-feira (14) que os países buscam uma guerra

EUA-Irã: o embate entre os dois países é estratégico, não militar, afirmou o líder supremo iraniano (Carlos Barria/File Photo/Reuters)
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EFE

Publicado em 14 de maio de 2019 às 16h16.

Moscou — O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou nesta terça-feira, depois de se reunir com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que os Estados Unidos não buscam uma guerra com o Irã .

"Basicamente, não buscamos uma guerra com o Irã", disse Pompeo em entrevista coletiva conjunta com Lavrov no balneário de Sochi, no Mar Negro.

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Pompeo destacou que Washington pressiona Teerã apenas com o objetivo de que deixe de apoiar o grupo xiita libanês Hezbollah, o qual acusou de bombardear território da Síria, onde lembrou que estão posicionadas tropas russas e americanas.

"Continuaremos exercendo pressão sobre o Irã para que volte ao grupo dos países responsáveis e que faça todo o possível para reduzir a desestabilização", declarou.

Informações divulgadas hoje nos EUA fizeram referência a uma suposta proposta do Pentágono de enviar 120 mil tropas ao Oriente Médio para fazer frente a uma possível ameaça iraniana. Lavrov mostrou confiança em que "a razão impere" e os supostos planos militares dos EUA sejam apenas boatos.

"Mike (Pompeo) me disse que é um assunto dos militares, que esses rumores não têm nada de certo, já que a região tem conflitos o suficinte", comentou.

Lavrov afirmou ainda ter detectado o interesse dos EUA de buscar uma "solução política" para a crise nuclear iraniana, cujo agravamento foi provocado pelo recente anúncio de Teerã de renunciar parcialmente a suas obrigações.

"Espero que junto a nossos colegas europeus e chineses, que também são participantes do Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA, na sigla em inglês), estejamos em contato com nossos colegas americanos para buscar uma saída à crise", ressaltou o russo.

Por fim, Lavrov lembrou que Moscou considera equivocada a postura dos EUA não só de deixar o pacto nuclear, mas de impor desde então sanções unilaterais que proíbem "qualquer tipo de relação com o Irã".

"Não se pode comprar petróleo, e agora também não se pode comercializar com o Irã", criticou.

O presidente do Irã, Hassan Rohani, anunciou há uma semana que não cumpriria alguns compromissos assumidos pelo país no acordo nuclear assinado em Viena em 2015, que tem como objetivo evitar que a República Islâmica obtenha um arsenal atômico.

Em seguida, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a imposição de sanções aos setores de ferro, aço, alumínio e cobre do Irã, que segundo a Casa Branca representam 10% das exportações do país.

Irã

O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, disse que "não haverá guerra" com os Estados Unidos, segundo um comunicado divulgado em seu site oficial.

Khamenei disse que o embate entre os dois países é estratégico, não militar.

"Esse desafio não é militar porque não haverá guerra, nem nós nem eles buscam a guerra. Eles sabem que não estão interessados", afirma o texto postado no site.

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