Não aumentar teto da dívida será como uma "bomba nuclear"
Em entrevista coletiva, presidente utilizou palavras do investidor Warren Buffett e comparou a situação de endividamento com 'uma "bomba nuclear"
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2013 às 17h43.
Washington .- O presidente americano, Barack Obama , disse nesta terça-feira que um desacordo que impeça de aumentar a tempo o teto de dívida dos Estados Unidos será "caótico".
Em entrevista coletiva, o presidente utilizou as palavras do investidor Warren Buffett e comparou a situação de endividamento com "uma bomba nuclear, uma arma horrível demais para ser usada".
Obama declarou que, se não se aumenta esse limite para pagar obrigações já contraídas antes do dia 17 de outubro, isso "será dramaticamente pior" que uma paralisação da administração pública como a atual, que acaba de completar uma semana.
Lembrou que não tem "coelhos na cartola", para sair da paralisia atual sem recorrer ao procedimento legislativo normal, que obriga a um acordo entre republicanos e democratas no Congresso.
O presidente advertiu que "a extorsão" não pode se transformar em "uma rotina" da democracia e insistiu que está disposto a negociar com os republicanos, sempre e quando não penda "a ameaça do caos econômico" sobre a cabeça dos americanos.
"Deixemos estas ameaças longe de nossas famílias e nossos negócios, e comecemos a trabalhar", disse o presidente em entrevista coletiva na Casa Branca na qual voltou a acusar uma facção radical republicana de ter buscado a paralisia do governo federal desde o princípio.
Obama se referiu assim às repetidas tentativas dos congressistas republicanos de incluir na lei de financiamento temporário uma disposição que eliminasse os fundos para a reforma da saúde promulgada pelo presidente em 2010.
O presidente criticou a estratégia republicana comparando-a com a vida cotidiana. "Nenhum de nós economiza dinheiro simplesmente negando-se a pagar a hipoteca que contratou", declarou.
O setor mais radical dos republicanos argumenta que não se deve temer a moratória, porque o Tesouro sempre pode pagar os juros da dívida (para tranquilizar os mercados e os credores internacionais) utilizando para isso as receitas dos impostos.
Obama voltou a exigir da oposição que, sem concessões, reabra a administração federal e autorize o aumento do teto de endividamento.
Ao presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, de quem disse que está "sob a pressão" do conservador Tea Party, pediu para atrever-se a submeter já à votação o orçamento temporário.
Obama e os democratas consideram que existe na Câmara uma maioria suficiente para aprovar o orçamento, incondicional, já que um número suficiente de republicanos questiona a tática do Tea Party.
O presidente insistiu que se mostrou aberto ao diálogo com os conservadores e disse ter "caminhado mais da metade do caminho" para poder chegar a um acordo com eles, que, no entanto, os republicanos se negaram a percorrer.
"Não sou só eu quem tomou a posição de estar disposto a ter conversas sobre qualquer coisa. Os democratas do Senado pediram para sentar-se com os republicanos e discutir a fundo um orçamento, mas foram rechaçados pelos republicanos da Câmara em 19 ocasiões", detalhou Obama.
Paralelamente à paralisia parcial do governo federal, os EUA se aproximam da data na qual alcançarão o limite de sua capacidade autorizada de endividamento, cujo teto deve ser elevado pelos congressistas sob pena de cair na moratória pela primeira vez na história do país.
Washington .- O presidente americano, Barack Obama , disse nesta terça-feira que um desacordo que impeça de aumentar a tempo o teto de dívida dos Estados Unidos será "caótico".
Em entrevista coletiva, o presidente utilizou as palavras do investidor Warren Buffett e comparou a situação de endividamento com "uma bomba nuclear, uma arma horrível demais para ser usada".
Obama declarou que, se não se aumenta esse limite para pagar obrigações já contraídas antes do dia 17 de outubro, isso "será dramaticamente pior" que uma paralisação da administração pública como a atual, que acaba de completar uma semana.
Lembrou que não tem "coelhos na cartola", para sair da paralisia atual sem recorrer ao procedimento legislativo normal, que obriga a um acordo entre republicanos e democratas no Congresso.
O presidente advertiu que "a extorsão" não pode se transformar em "uma rotina" da democracia e insistiu que está disposto a negociar com os republicanos, sempre e quando não penda "a ameaça do caos econômico" sobre a cabeça dos americanos.
"Deixemos estas ameaças longe de nossas famílias e nossos negócios, e comecemos a trabalhar", disse o presidente em entrevista coletiva na Casa Branca na qual voltou a acusar uma facção radical republicana de ter buscado a paralisia do governo federal desde o princípio.
Obama se referiu assim às repetidas tentativas dos congressistas republicanos de incluir na lei de financiamento temporário uma disposição que eliminasse os fundos para a reforma da saúde promulgada pelo presidente em 2010.
O presidente criticou a estratégia republicana comparando-a com a vida cotidiana. "Nenhum de nós economiza dinheiro simplesmente negando-se a pagar a hipoteca que contratou", declarou.
O setor mais radical dos republicanos argumenta que não se deve temer a moratória, porque o Tesouro sempre pode pagar os juros da dívida (para tranquilizar os mercados e os credores internacionais) utilizando para isso as receitas dos impostos.
Obama voltou a exigir da oposição que, sem concessões, reabra a administração federal e autorize o aumento do teto de endividamento.
Ao presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, de quem disse que está "sob a pressão" do conservador Tea Party, pediu para atrever-se a submeter já à votação o orçamento temporário.
Obama e os democratas consideram que existe na Câmara uma maioria suficiente para aprovar o orçamento, incondicional, já que um número suficiente de republicanos questiona a tática do Tea Party.
O presidente insistiu que se mostrou aberto ao diálogo com os conservadores e disse ter "caminhado mais da metade do caminho" para poder chegar a um acordo com eles, que, no entanto, os republicanos se negaram a percorrer.
"Não sou só eu quem tomou a posição de estar disposto a ter conversas sobre qualquer coisa. Os democratas do Senado pediram para sentar-se com os republicanos e discutir a fundo um orçamento, mas foram rechaçados pelos republicanos da Câmara em 19 ocasiões", detalhou Obama.
Paralelamente à paralisia parcial do governo federal, os EUA se aproximam da data na qual alcançarão o limite de sua capacidade autorizada de endividamento, cujo teto deve ser elevado pelos congressistas sob pena de cair na moratória pela primeira vez na história do país.