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Na reta final, Obama retoma slogan da "mudança" nos EUA

Obama interrompeu a campanha para supervisionar a reação do governo à tempestade que assolou a Costa Leste dos Estados Unidos

Obama faz um pronunciamento na Casa Branca, em Washington, sobre do Sandy em 29 de outubro (Brendan Smialowski/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 18h29.

Green Bay - O presidente norte-americano, Barack Obama , retomou sua agenda eleitoral nesta quinta-feira após quatro dias de pausa, recuperando o slogan com o qual se elegeu em 2008: mudança.

Obama interrompeu a campanha para supervisionar a reação do governo à tempestade que assolou a Costa Leste dos Estados Unidos. O presidente, que chegou à Casa Branca, em parte, graças aos temas de "esperança" e "mudança", até agora os evitava na disputa pela reeleição.

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Mas seu rival, o republicano Mitt Romney, passou a se apresentar como o candidato da mudança, e Obama buscou recuperar esse lema, a cinco dias de uma eleição que as pesquisas projetam como acirrada.

"Sei como é a mudança, porque lutei por ela", disse Obama a cerca de 2.600 simpatizantes na pista de um aeroporto em Wisconsin, um dos Estados estratégicos na atual disputa.

Obama disse que as propostas feitas por Romney de desregulamentação bancária e desoneração tributária dos mais ricos são exemplos de políticas que causaram os problemas econômicos que ele herdou em 2009.


"O (ex-)governador Romney tem usado todo o seu talento de vendedor para enfeitar essas mesmas políticas que faliram tanto o nosso país, as mesmíssimas políticas que temos limpado nos últimos quatro anos, e ele as está oferecendo como mudança", disse Obama.

"Bom, vou dizer para vocês, Wisconsin, sabemos como é a mudança. E o que o governador está oferecendo com certeza não é mudança." A campanha de Romney, animada com o crescimento dele nas últimas semanas, rejeitou os argumentos de Obama.

"Dissemos o tempo todo que esta eleição é uma escolha entre o status quo e a mudança real, mudança que oferece a promessa de que o futuro será melhor do que o passado", disse a porta-voz Amanda Henneberg.

"As equivocadas políticas do presidente Obama e as promessas quebradas decepcionaram milhões de norte-americanos e não podemos nos dar ao luxo de mais quatro anos como os últimos quatro." Obama admitiu que não foi capaz de fazer todo o progresso que prometeu em 2008, mas observou, como repetidamente faz, que acabou a guerra no Iraque, revogou a regra que impedia a presença de homossexuais assumidos nas Forças Armadas e ordenou a missão que matou Osama bin Laden.

Adotando um tom ligeiramente mais positivo, Obama se diferenciou de Romney sem ser agressivo como nas últimas semanas. Não usou, por exemplo, o termo "romnésia", que vinha empregando, para alegria das plateias, ao descrever uma suposta tendência de Romney a mudar de posição.

Depois de Wisconsin, Obama deve fazer paradas em Nevada e Colorado, antes de pernoitar em Ohio.

Na pesquisa Reuters/Ipsos desta quinta-feira, o mesmo resultado se mantém há três dias, em situação de empate técnico: Obama com 47 por cento e Romney com 46 por cento.

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