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Na ONU, papa pede "total proibição" das armas nucleares

Francisco disse que a tendência à proliferação de armas de destruição em massa "nega" as afirmações contidas no preâmbulo e no primeiro artigo da Carta da ONU


	Papa Francisco: "É preciso empenhar-se por um mundo sem armas nucleares, aplicando plenamente o Tratado de Não Proliferação, na letra e no espírito, para uma total proibição destes instrumentos"
 (Reuters / Tony Gentile)

Papa Francisco: "É preciso empenhar-se por um mundo sem armas nucleares, aplicando plenamente o Tratado de Não Proliferação, na letra e no espírito, para uma total proibição destes instrumentos" (Reuters / Tony Gentile)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2015 às 12h10.

Nações Unidas - O papa Francisco pediu nesta sexta-feira a "total proibição" do armamento nuclear e disse que a "ameaça de destruição mútua" constitui uma "fraude a toda a construção das Nações Unidas", em cuja sede pronuncia um discurso.

A existência de uma ética e um direito baseados nessa ameaça fariam na prática que a ONU passasse a ser as "Nações unidas pelo medo e pela desconfiança".

Francisco, primeiro papa latino-americano, disse que a tendência à proliferação de armas de destruição em massa como as nucleares "nega" as afirmações contidas no preâmbulo e no primeiro artigo da Carta das Nações Unidas.

Na carta se indica que os alicerces da construção jurídica internacional são "a paz, a solução pacífica das controvérsias e o desenvolvimento de relações de amizade entre as nações".

"É preciso empenhar-se por um mundo sem armas nucleares, aplicando plenamente o Tratado de Não Proliferação, na letra e no espírito, para uma total proibição destes instrumentos", insistiu.

O pontífice se referiu ao recente acordo sobre o programa nuclear do Irã, "uma região sensível da Ásia e do Oriente Médio", do qual disse que é "uma prova da boa vontade política e do direito, exercitados com sinceridade, paciência e constância".

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