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Na Argentina, Previdência é um desafio para Macri

Na última quinta-feira, manifestantes tomaram as ruas de Buenos Aires contra a medida do governo, impedindo que a pauta fosse votada no Congresso

BUENOS AIRES: Na Argentina, polícia reprimiu com violência manifestações contra a reforma da previdência, na quinta-feira (14) (Agustin Marcarian/Reuters)

BUENOS AIRES: Na Argentina, polícia reprimiu com violência manifestações contra a reforma da previdência, na quinta-feira (14) (Agustin Marcarian/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 06h44.

Última atualização em 18 de dezembro de 2017 às 19h17.

Os parlamentares argentinos foram convocados para uma reunião de última hora, nesta segunda-feira, com o presidente Mauricio Macri. O assunto: reforma da Previdência. Na última quinta-feira, manifestantes tomaram as ruas de Buenos Aires contra a medida do governo, impedindo que a pauta, que estava sendo discutida no Congresso, fosse votada.

O protesto teve repressão violenta por parte da polícia — o governo reservou cerca de 1.500 oficiais já prevendo conflitos no dia da manifestação — e até parlamentares de oposição, que se juntaram aos manifestantes, ficaram feridos e precisaram ser atendidos na enfermaria do Congresso, um fenômeno inédito. Um porta-voz o governo chegou a chamar os kirchneristas, acusados de impedir o andamento da pauta, de arruaceiros.

Apesar do revés, Macri está mobilizado para levar a reforma adiante, e tem feito uma série de reuniões em busca de consenso. Dentre as medidas propostas está uma alteração na periodicidade dos reajustes do benefício, o que faria o governo economizar cerca de 100 bilhões de pesos argentinos no ano que vem — quase 20 bilhões de reais. Com os protestos, o governo já estuda a possibilidade de oferecer um bônus aos pensionistas, como forma de recompensar as perdas que a reforma irá acarretar.

Na última sexta-feira, o governo se reuniu com governadores para buscar soluções à resistência das ruas. A expectativa é que os deputados de cada estado já cheguem à sessão desta segunda convencidos da aprovação da pauta. Mas, assim como no Brasil, não será fácil chegar uma equação política que convença opositores, e também aliados, a aprovar uma revisão na lei de aposentadorias do país.

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