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Na Alepo evacuada, restam as dúvidas

Será o fim do terror? O projeto para evacuar a população civil da zona de conflito na cidade de Alepo deve terminar nesta quarta-feira, segundo diversas autoridades. O ministro das relações exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, é um dos que confirma a mensagem. Ontem, ele afirmou que 37.500 pessoas foram retiradas da área de risco. Apesar […]

EVACUAÇÃO DE ALEPPO: cidadãos deixam suas casas sem saber para onde vão em um conflito que parece ainda longe do fim / Abdalrhman Ismail / Reuters
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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 05h14.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h43.

Será o fim do terror? O projeto para evacuar a população civil da zona de conflito na cidade de Alepo deve terminar nesta quarta-feira, segundo diversas autoridades. O ministro das relações exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, é um dos que confirma a mensagem. Ontem, ele afirmou que 37.500 pessoas foram retiradas da área de risco.

Apesar do cessar-fogo e do avanço para retirar civis de uma das regiões mais castigadas do planeta, sobram as dúvidas de quão longe o conflito sírio ainda está de seu final. Há relatos de que os soldados do exército do regime de Bashar al-Assad, ameaçam invadir a região da cidade onde estão os rebeldes. O exército dos rebeldes anti-governo afirma que só deixará a cidade quando todos os civis que quiserem sair deixarem o lugar.

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No fim das contas, o governo de al-Assad recupera uma cidade importante para o regime e para a estratégia de combate ao Estado Islâmico e aos rebeldes que combatem o governo. Alepo, hoje, é o que sobrou da maior cidade da Síria, depois de um conflito que já deixou quase 5 milhões de refugiados e mais de 430.000 mortos.

Ontem, ministros de Rússia, Irã e Turquia deixaram de lado o assassinato do embaixador russo na Turquia, Andrey Karlov, para discutir a continuidade do cessar-fogo e a retirada dos civis de Aleppo. “Nós, vocês e a Turquia fomos capazes de trabalhar juntos nos últimos cinco dias para facilitar a saída de inocentes, e também de terroristas, de Alepo”, disse Mohammad Javad Zarif, o ministro de Defesa do Irã, a Sergey Lavrov, o ministro russo. Os três assinaram a Declaração de Moscou, um documento de “extrema importância, que irá promover a base para encerrar o conflito sírio”, disseram.

Quanto aos civis de Aleppo, a maioria saiu de suas casas para compor a estatística de refugiados. Se algo está longe de acabar, são as consequências de uma guerra devastadora.

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