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Reestruturação da Ford envolve demissão de 30 000 pessoas nos EUA

Catorze fábricas serão fechadas até 2012. Esse é o segundo plano apresentado pela companhia em quatro anos, mas operação americana ainda dá prejuízo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

Como esperado, a Ford anunciou nesta segunda-feira (23/1) um plano de reestruturação que afetará drasticamente a presença da montadora nos Estados Unidos. Até 2012, 14 fábricas serão fechadas, levando à demissão de 20% de sua força de trabalho no país ou 30 000 pessoas.

Foram dias de apreensão para os funcionários. Sabia-se que algumas plantas teriam sua produção interrompida, mas não exatamente quais. O mistério terminou hoje, com o anúncio oficial, que veio logo após a divulgação dos resultados financeiros de 2005. Entre as unidades que serão fechadas está a de Hapeville, próxima à Atlanta, responsável pela fabricação do Taurus. Ali, 2 000 pessoas perderão seus empregos.

Mesmo nas fábricas que sobreviverem aos cortes haverá mudanças. A começar pela redução da capacidade produtiva em 26% até 2008, o que significa menos 1,2 milhão de automóveis.

"Faremos sacrifícios dolorosos para proteger o histórico da Ford e também assegurar nosso futuro", disse o presidente da montadora, Bill Ford.

Além da mão-de-obra, a empresa pretende ainda implementar um amplo processo de redução de custos, o que incluirá tanto a estrutura interna como o relacionamento com fornecedores. Com isso, espera-se economizar 6 bilhões de dólares até 2010.

Um problema americano

Apesar de todos os problemas enfrentados pela Ford nos Estados Unidos, a operação mundial ainda é lucrativa. No ano passado, os ganhos líquidos foram de 2 bilhões de dólares. O problema está no mercado americano, onde as vendas em queda geraram um prejuízo de 1,6 bilhão de dólares no ano.

Esse é o décimo ano consecutivo em que a Ford perde espaço para suas rivais. A fatia da montadora no mercado americano, que era de 24% em 1990, caiu para 17,4%. Entre as causas apontadas para o baixo desempenho da empresa nos EUA estão os gastos com planos de saúde e outros custos impostos por leis trabalhistas.

O problema é antigo. Em 2002, a Ford anunciou um plano de reestruturação e prometeu reerguer os resultados. Naquela época, 35 000 pessoas foram demitidas.

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